MST ocupa prédio da Cemig em Juiz de Fora
Repórter
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou, na manhã desta quinta-feira, 24 de julho, a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em Juiz de Fora, na rua Espírito Santo.
De acordo com uma das coordenadoras da ação, Tatiana Gomes, o órgão reivindica o direito de acesso aos serviços fornecidos pela empresa e denunciam o preço da tarifa, que, segundo eles, é a mais cara do país. "Cerca de 80% dos assentamentos de Minas Gerais não possuem energia elétrica. Nós já protocolamos pedidos junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para ter esse acesso e não obtivemos resposta. Essa é a nossa comemoração em relação ao Dia do Trabalhador Rural, celebrado em 25 de julho", explica. A ação acontece simultaneamente em outros quatro municípios: Montes Claros, Belo Horizonte, Unaí e Varginha. De acordo com a assessoria do MST, são dez projetos de assentamento, alguns com mais de cinco anos de existência, que não possuem eletrificação.
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O MST afirma que, atualmente, existem cerca de 40 mil famílias camponesas sem energia," o que comprova o descaso do setor privado de energia com a população do campo". Além disso, para o MST, a Cemig é a empresa que possui a maior recorrência de acidentes fatais com seus trabalhadores e seus lucros são exorbitantes, sendo o rendimento equivale ao valor de compra de uma nova empresa do mesmo porte a cada dez anos. O órgão alega que os dados mostram a ineficiência do setor privado nos serviços que deveriam ser públicos e que a Cemig garante para seus acionistas o máximo lucro, com a máxima exploração de seus trabalhadores e a prestação dos piores serviços para a população.
Quem se juntou à manifestação foi o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com o apoio de Pablo Antunes. "Nossa organização existe há 23 anos e busca a restituição para famílias que tiveram suas casas e locais de trabalho desapropriados para construção de barragens. Já são mais de 1 milhão de famílias em todo o país que sofrem com esse problema, e 70% dessas pessoas nunca receberam um centavo de reparação. Em Minas Gerais, a Cemig é proprietária de muitas dessas barragens", diz.
Segundo a assessoria da Cemig, a pauta das reivindicações do MST será entregue em Belo Horizonte e que nenhum outro trabalhador da empresa está no local. A Polícia Militar está com cinco viaturas e mais de 15 oficiais no local, mas não registrou nenhum problema por parte dos manifestantes até o momento. Segundo as estimativas do órgão, cerca de 70 pessoas estão ocupando o prédio.
Com informações do MST.
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