Polícia Federal investiga suspeita de fraudes em concurso público da UFJF
Repórter
A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta terça-feira, 21 de outubro, 23 mandados de busca e apreensão em Juiz de Fora, Belo Horizonte, Governador Valadares e Brasília (DF) e dois mandados de afastamento da função pública e proibição de acesso a determinados lugares, todos expedidos pela Justiça Federal.
A "Operação Password" envolveu 106 policiais federais e teve o objetivo de apurar responsabilidade criminal de uma associação criminosa, composta por servidores públicos federais, voltada para a prática de fraudes em certames de interesse público. A ação, no caso, foi voltada para o concurso público promovido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
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Segundo a PF, as investigações tiveram início em maio deste ano e identificaram fraudes praticadas por servidores públicos ocupantes de cargos de comando da UFJF, com participação eventual de dois secretários e um ex-secretário de governo da Prefeitura de Governador Valadares. Os investigados são suspeitos de nepotismo, uso de bens e dinheiro público para interesse particular, inclusive obstruindo as investigações da PF. Segundo a PF, foram apuradas indícios de fraudes na aprovação de 11 candidatos para o concurso, além de falsidade ideológica, para viabilizar a posse de uma pessoa que já era servidor da UFJF.
Os servidores investigados podem pegar até 108 anos de prisão pelos crimes de associação criminosa, peculado, falsidade ideológica e 11 vezes o crime de fraudes em certames de interesse público. Já os candidatos beneficiados vão responder por fraude em certames de interesse público e podem ter uma pena de até seis anos de reclusão.
UFJF
Segundo o diretor de comunicação da UFJF, Rodrigo Barbosa, a instituição está colaborando com as investigações. "A universidade recebeu os agentes da PF e forneceu os documentos que foram solicitados. Como essa é uma ação que faz parte de uma denúncia de irregularidade na prova de um concurso, esses documentos fazem parte dessa investigação. Nosso papel é receber os agentes e fornecer as informações e os documentos solicitados. A gente só pode se pronunciar a partir do momento em que for apontado algum tipo de irregularidade e isso se transformar em uma ação", explica.
Com informações da Assessoria de Imprensa.
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