Manifestação reúne representantes sindicais em defesa da reforma política

No Dia da Luta, sindicalistas e militantes defendem pautas dos trabalhadores e reforma contra corrupção.

Angeliza Lopes
Repórter
13/03/2015

Cerca de 150 manifestantes estiveram presentes nesta sexta-feira, 13 de março, no Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos, em Juiz de Fora, na rua Halfeld. Articulado por representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o movimento defende a permanência dos direitos das classes trabalhadoras, da Petrobras e a reforma política. As discussões mais presentes no ato foram contra as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego e outros direitos trabalhistas, a PL 4330 que liberaria a terceirização ilimitada para as empresas, contra a corrupção e a favor da reforma. "Só podemos acabar com a corrupção quando discutirmos uma reforma política. Com o financiamento privado das eleições, os eleitos ficam reféns dos interesses das empresas", destaca o diretor executivo da CUT de Minas Gerais, Carlos Alberto Nunes.

Mesmo debaixo de chuva, representantes da CUT, MST, sindicatos, militantes e a Juventude Revolução (JC) se manifestaram com bandeiras, cartazes e panfletagem pelo Calçadão, em frente ao Banco do Brasil. Nunes ainda explica que a ação é uma forma de levar para a população uma discussão democrática a respeito dos escândalos de corrupção que o país vem passando. "Sabemos que históricos de desvio de dinheiro público é um fato antigo, mas que está tendo repercussão devido as investigações e apurações, que antes eram tão difíceis de acontecer. Todos os envolvidos devem ser punidos, mas o que será a solução da corrupção é a reforma política", defende o diretor executivo da CUT.

Quando indagado sobre as manifestações agendadas para o próximo domingo, 15, em defesa ao movimento "Vamos mudar o Brasil", pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele cita que o ato da CUT, mobilizado pelos 27 estados, contrapõe as ideias que serão defendidas no dia. "Temos que entender que a situação de impeachment do Color foi diferente, pois existiam provas de envolvimento do presidente e seus dirigentes nos desvios. Hoje, não existem provas que Dilma tenha se envolvido. Queremos que a população para e reflita", destaca.

A coordenadora do Juventude e Revolução, Thais Batitucci, que representava estudantes e jovens trabalhadores presentes, complementa que o grupo também está junto nas manifestações e defende as pautas relacionadas a educação.

Está agendado para o próximo domingo, 15, a passeata em prol do movimento "Vamos mudar o Brasil", que vai às ruas pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), mediante os escândalos de corrupção dentro da estatal e o descontrole da economia. Segundo o site www.movimentomudabrasil.com, a manifestação inicia a partir das 9h30, no parque Halfeld. A orientação feita pela organização é para que os manifestantes não usem máscaras e nem camisas de partidos, mas que pintem o rosto com as cores do Brasil (azul, verde, amarelo ou branco), aos moldes do movimento "Cara pintada", realizado em 1992, que pedia o impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.

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