Juiz-foranos reclamam do aumento da tarifa de táxi
Repórter
Os novos valores do serviço de táxi em Juiz de Fora entraram em vigor nesta quarta-feira, 1º de abril, e não agradaram os usuários do serviço. Com o reajuste, a bandeirada, que custava R$ 4,34, passou para R$ 4,72. A tarifa "km 1" foi para R$ 2,36 e a "km 2", R$ 2,83. Os valores cobrados anteriormente para essas tarifas eram de R$ 2,17 e R$ 2,60, respectivamente. A hora parada teve aumento de R$ 1,71, passando a ser cobrada pelo valor de R$ 21,13. O reajuste total foi de 8,76%, segundo a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra).
A pensionista Mariana Mafra, 30, diz precisar usar o serviço duas vezes ao dia, pela manhã e à tarde. Ela afirma ter sido pega de surpresa pelo aumento. "Acho que o valor cobrado não é barato, ainda mais para quem usa direto. Meu trajeto dava quase R$ 9, e hoje já passou dos R$ 10. Fica puxado", revela.
O aposentado Gilberto Godoy, 68, acredita que o preço cobrado em Juiz de Fora não condiz com o serviço oferecido. "Você tá vendo aqui que tem uma fila enorme. Todo dia é assim no Parque Halfeld e, mesmo assim, faltam carros. Esse aumento da frota que estão falando vai ser bom pro povo, principalmente em horários de pico", opina.
Já o advogado Lucas Pacheco, 32, diz que o Governo Federal é o culpado pelo aumento. "É o de menos esses valores aqui na cidade. A gasolina sobe, o IPVA sobe, a manutenção do carro sobe e, como sempre, que a paga a conta somos nós. Não é culpa da Prefeitura ou dos taxistas", desabafa.
Sindicato satisfeito
De acordo com o presidente Sindicato dos Permissionários, Aparecido Fagundes da Silva, o aumento da passagem foi satisfatório para a categoria. "Todo ano nós fazemos o pedido à Settra para fazer o cálculo da defasagem nesta época. Então os cálculos são feitos pela Prefeitura, que chega ao índice necessário. Eu sempre tive a preocupação de fazer esse pedido junto com a vistoria anual do Inmetro, para que os taxistas não precisassem parar o carro dois dias no ano. O aumento foi considerado bom por nós, deu para cobrir nossas defasagens e, como sempre, o vilão do aumento foi o combustível, que onera mais a tarifa", fala.
Licitação
À respeito da licitação que a Prefeitura realiza para colocar 105 novos veículos, suspensa através de liminar obtida pela Associação dos Taxistas, e publicada no Diário do Judiciário Eletrônico de Minas Gerais na última terça-feira, 31 de março, Aparecido garante apoio ao grupo. "Nós ajudamos a Associação, mas acredito que está deixando a desejar esse número. Essa quantidade não é ideal. Nos outros anos, foi feito um estudo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que mostrou o número ideal de veículos. Este ano a Prefeitura determinou, entre eles, a quantidade necessária. A gente queria que um órgão de pesquisa, mais capacitado, fizesse esse levantamento para ver se a cidade comporta mais 50 carros adaptados e 50 carros comuns. Juiz de Fora não comporta esse número alto. Em outros municípios não tem nem a metade desse número. Essa licitação está deixando a desejar. Nós vamos tentar mover uma ação paralela, junto à Associação, para tentar corrigir essa situação", conclui.
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