Segunda-feira, 29 de junho de 2015, atualizada às 19h56

Ativistas protestam na Câmara após votação de políticas para as mulheres ser adiada

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Ativistas que lutam pela igualdade de gênero acaloraram a tarde de votação em reunião ordinária na Câmara Municipal de Juiz de Fora nesta segunda-feira, 29 de junho. Mais uma vez a votação para instituir o Plano Municipal de Políticas para as Mulheres foi adiado. O pedido de vista desta vez foi do vereador José Fiorilo (PDT), adiando pela quinta vez o processo, que está previsto para ser votado na próxima quinta-feira, 2 de julho. O último pedido de vista foi do vereador André Mariano (PMDB), com a justificativa de analisar o teor do projeto.

Logo após o presidente da Câmara, Rodrigo Mattos, anunciar o adiamento, todos os presentes no plenário começaram a gritar frases de ordem e bater o pé, impedindo que os legisladores dessem continuidade na sessão. O presidente precisou interromper os debates em 10 minutos, mas, mesmo assim, os ânimos continuaram exaltados.

Conforme a militante transsexual, Bruna Leonardo Mesquita, sua luta é pelo direito dos transsexuais, homossexuais, bissexual e interssexuais de existirem sem sofrer preconceitos e represálias no dia-a-dia. "A gente não quer privilégio, queremos o direito ser quem nós somos, de poder frequentar uma escola sem ser agredido, frequentar uma escola e poder ir no banheiro de acordo com a nossa identidade de gênero. É simples. Adolescente e crianças homossexuais e transsexuais deixam de ir as escolas por causa do preconceito e machismo homofóbico", reivindica.

Cristina Castro, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher destaca que o plano municipal foi construído com base nas reivindicações das conferências municipais realizadas desde 2005, e quando assumiram o conselho em setembro de 2013, retomaram os debates de ideologia de gênero. "O ano passado foi todo com debates entorno do plano para efetivar e construir o plano com base nestas reivindicações e com plano nacional. Em março deste ano fizemos uma conferência e entregamos o plano aqui na Câmara durante uma audiência pública. Eles querem retirar do plano a palavra gênero e esta palavra é justamente o conceito que fala dos papeis do homem e da mulher na sociedade que são geradores de todo o preconceito e de toda a violência que a mulher sofre" frisa.

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