Quarta-feira, 15 de junho de 2016, atualizada às 11h58

Servidores públicos dão início a greve geral em Juiz de Fora

Lucas Soares
Repórter

Apoiados pelo Fórum Sindical de Servidores Municipais de Juiz de Fora, alguns funcionários públicos da Prefeitura deram início a greve geral nesta quarta-feira, 15 de junho, conforme havia adiantado o grupo.

Em assembleia realizada mais uma vez na Praça da Estação, os servidores se reuniram, já em greve, para protestar novamente contra o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) e dar início ao movimento. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserpu), Amarildo Romanazzi, explica como será a paralisação. "A greve iniciou hoje. Amanhã (16) vamos fazer uma atividade aqui na praça, às 9h, para fazer o velório do Bruno. Hoje ainda vamos protocolar o parecer do advogado na Câmara, já que sexta-feira (17) temos uma audiência pública, que ele vai participar", comenta. Segundo Romanazzi, estão parados os serviços de creches, Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais - com apenas 30% de sua capacidade, setores da Secretaria de Obras, a EMPAV e o setor de zoonoses. "A tendência é aumentar esse movimento, as informações que temos hoje são de mais de 4.000 servidores parados", afirma.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Gilson Salomão, explica que ainda não aderiu a greve, que a paralisação, por enquanto, é apenas para esta quarta. "Nós vamos decidir hoje à noite, na assembleia, se entramos três dias, uma semana, ou por tempo indeterminado. Caso aprovado, já paramos amanhã", diz.

O coordenador-geral do Sindicato dos Professores Municipais (Sinpro-JF), Flávio Bitarello falou sobre o movimento. "Cerca de 65% dos professores estão parados. Nós já aumentamos a paralisação em relação à última sexta, e vamos aumentar o movimento. Há muita gente de outros setores parados. Existe muita intimidação em cima de professores e outros setores da prefeitura, de corte de ponto e benefícios. Nossa expectativa é de criação de eventos todos os dias para remover o prefeito dessa posição irredutível que ele assumiu, transformando a campanha salarial, invertendo o que vinha sendo negociado. Foi uma politização da greve, já que o acordo estava encaminhado", explica.

Prefeitura contradiz o movimento

Em nota enviada à redação, a PJF explica que "não foi informada oficialmente sobre o resultado da assembleia de deflagração da greve por alguns sindicatos. A administração entende um eventual movimento grevista como contrário ao que diz a lei, uma vez que a Justiça Eleitoral já se manifestou sobre a limitação do reajuste em ano de eleições, em consulta formal feita pela Prefeitura. Ao receberem a resposta da Justiça, em reunião com o Executivo no início do mês, os representantes dos sindicatos recusaram outras reuniões caso não fossem atendidos na reivindicação do aumento que extrapola a lei, fato registrado em ata. A Prefeitura sempre se manteve aberta ao diálogo com as categorias e reforça que chegou a apresentar propostas de reajustes maiores quando a legislação permitia, mas que foram rejeitadas. Agora, a administração propõe o máximo reajuste possível dentro do que determina a Justiça, evitando assim o aumento zero caso o reajuste não seja aprovado até 30 de junho. Em relação ao movimento de hoje, a Prefeitura informa que todos os serviços funcionaram normalmente e que apenas pouco mais de 120 servidores aderiram à manifestação, o que representa menos de 1% da categoria."

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