Em defesa da Educação e do Estado Democrático de Direito, manifestantes se reuniram em ato na Praça da Estação, no Centro de Juiz de Fora, na noite desta quinta-feira (11). Entre os participantes, com o apoio da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), estiveram representantes da Associação dos Professores de Ensino Superior (Apes), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Juiz de Fora (Sintufejuf), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e de movimentos sociais da cidade, como o 8M e o Levante Popular da Juventude. O protesto marca o Dia do Estudante, celebrado no 11 de agosto.
Por volta das 19h o grupo saiu da Praça da Estação e subiu o Calçadão, em direção ao Parque Halfeld. Nas falas, os participantes se posicionam contra os cortes na Educação, promovidos pelo Governo de Jair Bolsonaro. O grupo passou pela Avenida Getúlio Vargas, onde interrompeu o trânsito e seguiu subindo o Calçadão.
O mote “tira a tesoura da mão e investe na Educação” estampou os cartazes e esteve presente nos discursos. Além da reivindicação pela Educação Superior, uma semana após a UFJF vir à público falar sobre o déficit no orçamento para 2022 e sobre as dificuldades previstas para o próximo ano, as pessoas também levaram a indignação contra os ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiros, que partem do Governo Federal.
O ato, que teve início com a leitura da “Carta às Brasileiras e Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” na Ágora da UFJF pela manhã, partiu da iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A passeata em Juiz de Fora está em consonância com manifestações realizadas em todo o país.
O documento que centraliza a preocupação dos manifestantes com a Educação e com a realização de eleições livres se espelha na “Carta aos Brasileiros” de 1977, lida em público pelo professor Goffredo Telles Júnior, por ocasião dos 150 anos de criação dos cursos jurídicos no país. A declaração denunciava o caráter ilegítimo da Ditadura Militar e os abusos cometidos sob o regime, reivindicando o retorno ao Estado de Direito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.
A Carta foi lida na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo, e a ação foi replicada por todo o país, assim como ocorreu na UFJF. Pelo menos 49 cidades aderiram ao movimento. A intenção, conforme destacaram os manifestantes, é reafirmar o compromisso com a democracia, além de chamar atenção para os riscos para o sistema eleitoral do país, com os ataques que têm sido realizados contra ele.
Fotos: Igor Guelfo e Felipe Santos
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