Protesto pretende despertar população para irregularidades na construção da BR-440
Repórter
Neste sábado, 20 de março, vai ocorrer um protesto contra as obras que vêm sendo realizadas para construção da BR-440, anteriormente chamada de Via São Pedro. Segundo um dos integrantes do Comitê Diga Não à BR-440, Luiz Cláudio A. Santos, a intenção é dar início ao processo de conscientização dos juizforanos a respeito das irregularidades constatadas nas obras.
De acordo com Santos, foram verificadas irregularidades na construção. "Faltam licenças ambientais, projetos de engenharia para execução das obras e estudos que apontem possíveis impactos ambientais." Para Santos, seria necessário estabelecer discussão com a população a respeito das obras. "As pessoas precisam saber do que se trata. Mas não há como acompanhar o processo porque não há abertura por parte do outro lado envolvido."
Ele lembra da existência de um manancial, a Represa de São Pedro, na região. "A represa é responsável pelo abastecimento de água de 8% da população. Com a construção da via, este abastecimento está seriamente ameaçado, já que a distância entre o manancial e a estrada está abaixo do que preconiza a legislação."
O integrante do movimento destaca ainda a previsão de desapropriação de famílias, sem que constem, nos planos orçamentários do município, recursos financeiros para tal ação. Diante das irregularidades apontadas pelo comitê, o órgão enviou cartas-denúncia ao Ministério Público Federal e ao Estadual, ao Tribunal de Contas da União e Estadual e ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). "Caso não haja manifestação, pretendemos solicitar intervenção judicial."
O comitê é formado por entidades representantes da sociedade civil, como associações de moradores, União Juizforana Comunitária das Associações de Bairros e Distritos, Associação dos Professores de Ensino Superior (Apes), Instituto dos Arquitetos do Brasil, entre outros. A manifestação, com panfletagem, está marcada para as 9 horas na feira livre do bairro São Pedro. A ACESSA.com tentou, sem sucesso, contato com a superintendência Agência de Gestão Ambiental de Juiz de Fora (Agenda-JF).
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