Concerto da Orchestre d'Auvergne celebra os 87 anos do Cine-Theatro Central
No próximo sábado, 2 de abril, a Orchestre d'Auvergne se apresenta como "uma formação à parte na paisagem musical das orquestras permanentes francesas", em comemoração ao seu 87º aniversário, o Cine-Theatro Central. Em curta turnê pelo Brasil, que inclui concerto na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, o grupo dirigido pelo jovem maestro espanhol Roberto Forés Veses reservou três obras para o programa de sua apresentação em Juiz de Fora, com composições de Bach, Mozart e Brahms – dentre as quais a Sérénade pour orchestre à cordes n° 13 "Petite musique de nuit" en Sol Majeur KV 525 terá execução exclusiva no Brasil para o público juiz-forano. A apresentação acontece às 20h, no Cine-Theatro Central, com entrada franca.
O repertório desse conjunto de cordas se estende da música barroca a composições contemporâneas. Formada em 1981, a Orchestre d'Auvergne obteve reconhecimento tanto como grupo regional quanto como orquestra de câmara, destacando-se em inúmeros festivais na Europa e em outros continentes. São 21 músicos internacionalmente recrutados – cinco dos quais presentes desde a fundação, há 35 anos, e vários outros integrantes da equipe há mais de 15 anos. Essa excepcional estabilidade é reputada como uma das particularidades da Orchestre d'Auvergne, cuja excelência foi desenvolvida sucessivamente pelos diretores musicais Jean-Jacques Kantorow e Arie van Beek.
Versatilidade
Desde 2012, o grupo tem como diretor artístico e regente o espanhol Roberto Forés Veses, vencedor de prêmio especial do júri em competição de regência na Itália e laureado também na prestigiosa competição Evgeny Svetlanov, em Luxembourg. Versátil, o jovem maestro transita igualmente pelo repertório sinfônico e o operístico, como o comprova seu currículo, no qual se encontra a direção de óperas como Macbeth, Don Pasquale, Cosi fan tutte e La Bohème, dentre outras.
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Patrimônio
O Cine-Theatro Central foi inaugurado em 30 de março de 1929, em solenidade que contou com a presença do presidente da então província de Minas Gerais, Antonio Carlos Ribeiro de Andrada, homenageado como um entusiasta da empreitada da Companhia Pantaleone Arcuri, além de autoridades diversas e da alta sociedade do município.
Com decoração interna artística do pintor italiano radicado em Juiz de Fora, Angelo Bigi, o Central foi palco para montagens de diversos gêneros ao longo de sua história, recebendo de temporadas líricas a shows populares, programas de auditório, festivais de música e cinema, dramas e comédias, espetáculos de balé e dança, entre outros. Foi um dos principais cinemas de Juiz de Fora, até ser tombado pelo patrimônio municipal, em 1983, e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e integrado ao patrimônio da UFJF em 1994.
Em 2014, teve início a maior intervenção realizada no espaço desde 1996, quando foram recuperadas as características originais do prédio. A atual restauração de manutenção recuperou fachadas, pinturas, janelas, pisos e ladrilhos hidráulicos e impermeabilizou marquises e terraços.
Com informações da UFJF
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