Limita??o e arte sem limite Pe?a encenada em JF por atores que possuem s?ndrome de down pretende discutir a diferen?a e a necessidade de respeitar quem tem alguma limita??o
Rep?rter
10/05/2007
No palco do Teatro Solar (Avenida Independ?ncia, 2104), a partir de 21h, oito int?rpretes vindos do Rio de Janeiro encenam a pe?a "Momentos em Fam?lia", um espet?culo educativo que tira detr?s das coxias o debate e discuss?o da inclus?o social de quem possui algum tipo de defici?ncia.
A trama principal ? a conscientiza??o. A pe?a pretende estimular as pessoas a enxergar os (n?o) limites de quem possui down. A arte promove a inclus?o social de quem foi para os palcos ser protagonista da sua pr?pria hist?ria e quer tamb?m ser um espa?o despertador para a plat?ia.
Tanto ? que o espet?culo termina com um debate, na qual o p?blico pode dar opini?es sobre quest?es pol?micas ou abusivas que fazem parte do dia-a-dia de quem aprendeu a lidar com a diferen?a. Entender essa diferen?a, sem valorar ou classificar o outro, ? uma preocupa??o constante e objetiva do grupo de oito jovens atores que sobem ao palco no final de semana.
A id?ia da apresenta??o na cidade surgiu de quem ? apaixonado pelo assunto. Adelino Benedito (foto acima), ator e produtor de pe?as juizforano ouviu falar do espet?culo por meio de uma amiga que assistiu o grupo durante uma apresenta??o do estado do Rio.
Adorou a id?ia e resolveu repartir com todos o seu interesse pessoal pelo assunto. Segundo ele, hoje ? ator e apaixonado pelo que faz exatamente pela quest?o da refer?ncia.
"Eu conheci o teatro, tive informa?es sobre ele e me transformei. Pretendo levar a discuss?o desse assunto para que sirva de refer?ncia para outras pessoas e possam transform?-las tamb?m"
, comenta.
Nessa linha de racioc?nio, ele espera que as 450 pessoas que cabem no Teatro Solar possam divulgar
a mensagem do "Momentos de Fam?lia" e ajudar ainda mais gente. "Espero que as pessoas quebrem seus limites com isso.
Tem gente que as vezes diz que ? gordo para fazer aquilo, negro para fazer aquela outra coisa, e com a pe?a, vai ver que nada impede uma grande vontade"
, analisa.
Adelino acredita que a S?ndrome de Down ainda ? um assunto que merece muita discuss?o, mas que as pessoas est?o mais sens?veis ao tema. Para muitos, ele acredita que h? mais desinforma??o do que necessariamente preconceito na hora de lidar com a tem?tica.
Apaixonados pela profiss?o
Compet?ncia ? o que n?o falta para a grupo de atores que desembarca em Juiz de Fora no s?bado ? tarde. Todos as "oito estrelas" est?o felizes com a descoberta de novos palcos e com a novidade do que os espera em uma cidade desconhecida para muitos, segundo a produtora Mariana Sim?es.Fernanda Honorato (foto), confirma. Ansiosa com a apresenta??o em Juiz de Fora, fez quest?o de convidar todos para a pe?a que segundo ela est? "maravilhosa". No palco, ela vive o papel de uma jornalista, que segundo suas declara?es ? a "imita??o da apresentadora F?tima Bernardes".
A vida real nesse caso anda se confundindo. Honorato tamb?m ? apresentadora do "Programa Especial" da TVE. Al?m disso, foi a primeira passista down da Portela e h? tr?s anos agarra com unhas e dentes o sonho de ser uma atriz reconhecida e famosa.
"Eu me sinto re-a-li-zada quando estou no palco"
, fala com empolga??o. Fernanda diz que sempre
sonhou em fazer teatro e que espera a vontade de tamb?m trabalhar na televis?o chegue r?pido.
"Eu j? apareci um pouco. Dei um depoimento no ?ltimo cap?tulo da novela P?ginas da
Vida"
, comenta.
A paix?o pela profiss?o tamb?m fisgou F?bio Gomes Ramos Figueiredo da Silva (foto), tamb?m integrante do grupo. Ele conta que acabou o 2? grau e estava em d?vida sobre qual carreira seguiria. At? que um dia, ele e os pais foram at? a sede de uma Ong do Rio de Janeiro que trabalha com teatro, experimentou e teve a certeza que nunca mais faria outra coisa na vida.
Os pais apoiaram muito e hoje colhem os sucessos do filh?o, j? com 26 anos. Na pe?a apresentada em Juiz de Fora, F?bio vive dois pap?is - ? o pai e o empregado da casa na qual se passa a trama da hist?ria educativa.
"O que mais mudou na minha vida foi o fato de eu ter perdido a timidez"
, comenta o ator, destacando que acredita
tamb?m que pode ajudar as pessoas com a escolha do seu trabalho na medida que prova que a S?ndrome de Down
n?o ? uma doen?a.
"Todas as pessoas deveriam ir porque esse espet?culo trata do assunto sexualidade, que ? importante de ser discutido
dentro de casa. A fam?lia toda pode ir: pai, filho m?e. ? uma pe?a muito
educativa"
, convida F?bio em tom de quem ? mais
que f? do resultado final.
E a?? Tem programa para o s?bado ? noite?
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!