RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A pesquisa semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) ainda não detectou repasses do reajuste de 7,4% promovido pela Petrobras em suas refinarias na quarta-feira (25), o primeiro aumento após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo a pesquisa semanal da ANP, o produto foi vendido pelo valor médio de R$ 4,97 por litro na semana passada, praticamente o mesmo patamar verificado na semana anterior.
A pesquisa, porém, concentra a busca em postos nos primeiros dias da semana, o que pode explicar a percepção de que não houve repasse.
O aumento foi dado antes da nomeação do indicado de Lula à presidência da Petrobras, Jean Paul Prates, que ocorreu na quinta (26). Foi criticado por sindicatos como uma medida para agradar acionistas antes da mudança de gestão.
Prates já anunciou que pretende rever a política de preços da companhia, sob o argumento de que a maior parte dos combustíveis consumidos no país é produzido em refinarias brasileiras. Nesta sexta (26), foi cobrado por sindicatos a agilizar a mudança.
A política atual utiliza o conceito de paridade de importação, que simula quanto custaria para trazer os produtos do exterior. Na terça (24), a Petrobras disse que o reajuste acompanhava a evolução das cotações internacionais do petróleo.
De fato, na abertura do mercado daquele dia, o preço médio da gasolina nas refinarias do país estava 14%, ou R$ 0,49 por litro, acima da paridade de importação, de acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).
Na abertura desta sexta (27), estava praticamente equilibrado, com defasagem de apenas 2%, ou R$ 0,08 por litro. No caso do diesel, a diferença era de 3%, ou R$ 0,12 por litro.
Nas bombas, segundo a ANP, o preço médio do diesel S-10 caiu 0,7% na semana passada, para R$ 6,38 por litro. A Petrobras não mexe no valor de venda do produto por suas refinarias desde o início de dezembro.
Já o preço do etanol caiu 1,8%, para R$ 3,78 por litro. É o menor valor desde a segunda semana de novembro de 2022, considerando a inflação do período.
Já o preço médio do botijão de gás de 13 quilos ficou estável, em R$ 108,02.
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ANP
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