RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Após oito semanas de queda nas bombas, o preço do diesel voltou a subir nos postos brasileiros, já com repasses da retomada da cobrança de impostos federais sobre o combustível. Na semana passada, o diesel S-10 foi vendido, em média, a R$ 5,97 por litro.
A alta, de R$ 0,03 por litro, é a primeira desde o início de novembro. Neste período, a Petrobras promoveu dois cortes no preço de venda do combustível em suas refinarias -o segundo deles, logo após o Natal.
As alíquotas federais sobre o diesel foram zeradas pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em 2022. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a retomar parcialmente a cobrança em julho, mas por apenas quatro meses.
A cobrança de PIS e Cofins representa R$ 0,32 por litro no preço de bomba do produto, considerando que parte da mistura vendida nos postos contém biodiesel. Parte do aumento da carga tributária, porém, será compensada pelo último corte nas refinarias, de R$ 0,30 por litro.
Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço da gasolina permanece em queda no país. Na semana passada, o combustível foi vendido, em média, a R$ 5,56 por litro, R$ 0,02 a menos do que na semana anterior.
Foi a quinta semana consecutiva de queda, motivada pela baixa nas cotações do etanol. Seu principal concorrente, o etanol hidratado também emendou a quinta semana consecutiva de queda e chegou, na semana passada, a R$ 3,39 por litro.
Gasolina e diesel voltam a ser pressionados no início de fevereiro pelo aumento do ICMS, o imposto estadual. O ICMS da gasolina subirá R$ 0,15, para R$ 1,37 por litro. No diesel, a alta será de R$ 0,12, para R$ 1,06 por litro.
A alíquota do gás de cozinha também vai subir: foi definida em R$ 1,41 por quilo, aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente atualmente --em um botijão de 13 quilos, a diferença é de R$ 2,08. Na semana passada, segundo a ANP, o botijão foi vendido, em média no país, a R$ 100,77.
Ao anunciar o aumento da alíquota, o Comsefaz, que reúne os secretários estaduais de Fazenda, afirmou que a medida está em consonância com o novo marco de tributação de combustíveis e que as novas alíquotas terão validade até o fim de 2024.
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