Diante das "feras": Como anda seu nível de estresse?
Desde a época das cavernas, o homem entrava em estado de alerta para enfrentar as feras e garantir sua sobrevivência. Diante delas, havia dois caminhos: atacar ou fugir.
O estresse é o mecanismo que põe em alerta as funções do nosso corpo e nos prepara a para a ação. Na medida certa, ele nos mobiliza para lutar por nossos sonhos e metas. É o que chamamos no mercado de trabalho de "prontidão". Portanto, um pouco de estresse ajuda, mas em excesso, pode se tornar um desastre para o ser humano.
Quando a exposição aos chamados "estímulos externos estressores" se torna prolongada e intensa, deixam de existir os períodos de relaxamento e repouso necessários para que a pessoa recupere suas defesas naturais e continue fortalecida para enfrentar as "feras de cada dia".
O estresse aparece em dois estágios:
1º estágio: Alerta
Ao perceber um perigo real ou imaginário, o organismo se prepara para o confronto. Ocorrem descargas de hormônios no sangue. O mais conhecido é a adrenalina;
2º estágio: Crônico
Se o estresse é permanente, o sistema imunológico entra em colapso. Abrem-se as portas para doenças de pele, cardíacas, estômago, dentre outras.
Muitas vezes o estresse é difícil de ser percebido e pode gerar constrangimento no profissional que enfrenta a situação. Como explicar aos colegas e ao chefe que se está enfrentando um estresse crônico? Afinal, o mercado de trabalho quer o "profissional forte e capaz".
As respostas do organismo em situação de estresse ocorrem nestas quatro esferas:
- Física: dores de cabeça, infecções frequentes, fadiga, irritações na pele, dificuldades respiratórias, contrações musculares, dentre outros.
- Mentais: pensamentos confusos, pesadelos, indecisão e negatividade.
- Emocionais: perda da autoconfiança, apreensão, irritabilidade, apatia e depressão.
- Comportamento: predisposição a acidentes, perda de apetite, abuso da bebida e do cigarro, insônia, inquietação e distúrbios sexuais.
O primeiro passo é identificar que fator externo que está gerando o quadro de estresse. Pergunte-se: é algo temporário? Até quando me sinto capaz de enfrentar esta situação? Há algo que eu possa fazer? Alguém a quem pedir apoio?
Lembre-se de que o mundo não para quando você adoece. As pessoas a sua volta têm responsabilidades e continuarão cumprindo seus compromissos diários. Cabe a você encontrar o equilíbrio não se exigindo de forma contínua aquilo que vai além de suas forças e de sua saúde. O seu limite quem conhece é você!
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Elizabeth Soares
Psicóloga e Coach-Executiva
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