O pensar educação: relação professor e aluno

Nome do Colunista Jungley Torres 27/08/2018

O propósito deste breve artigo é refletir a educação de forma crítica, orientada para a tomada de decisões no que diz respeito ao exercício da prática de uma responsabilidade social e política. Modificando-se assim, a própria relação entre professor e aluno, a qual é marcada pelo pressuposto básico que Paulo Freire estabelece para esta relação, a saber, a prática do diálogo enquanto dimensão essencial no trabalho de compreensão da realidade a partir das experiências do sujeito ensinante, assim como do sujeito aprendente.

Reconhecendo o pano de fundo que contextualiza tal relação: a sociedade enquanto contraditória e, portanto apresenta nela própria, situações de opressão, reflexo de atos de injustiça marcado pelas desigualdades sociais, próprios da sociedade capitalista, já que existe aquele que oprime e aquele que é oprimido, gerando um contexto de violência. Violência que se percebe também no contexto escolar. Seja pelos conflitos da sociedade excludente, injusta e desigual, seja pelo discurso autoritário, ou mesmo pela permissividade.

O desafio se dá na relação entre educador e educando, na partilha de suas experiências pelo diálogo em meio a tal cenário, possibilitando à abertura dos caminhos para uma participação responsável. O diálogo implica reconhecimento do outro, através do respeito a sua dignidade, o que só é possível entre pessoas, e o qual se fundamenta na democracia.

É certamente possível trabalhar com uma proposta, e metodologia na educação básica Humana Libertadora, que contribua para a passagem da consciência ingênua à consciência crítica, através de um processo de Conscientização e Diálogo, no qual compõe o que Freire denominou como Educação Problematizadora, os seres humanos poderão deixar de serem tratados como coisas, para transformarem-se plenamente em pessoas conscientes de si e de seu papel histórico no mundo.

Para tanto, propõe uma educação transformadora, educação para a democracia, pela participação de todos, calcada no homem livre, racional, capaz de promover mudanças através do consenso entre grupos e classes sociais, por meio de reformas histórico-culturais, ou seja, no pensar a realidade do trabalho humano como uma obra de cultura, um ato cultural.

O que nos remete à compreensão pautada no diálogo como um fator primordial, em que, o diálogo do docente com o aluno proposto por Freire estabelece a compreensão como o modo fundamental de ser, mediante a relação do homem com o mundo e consigo mesmo. O deslocamento do próprio ponto de vista para o ponto de vista do outro/ alteridade e abertura, o que implica pôr-se no lugar do outro, isto é, a superação da condição egocêntrica do horizonte da própria compreensão. 

# Eis o desafio


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