Servidores da UFJF entram em greve Restaurantes, bibliotecas e laborat?rios da universidade fecham nesta ter?a. HU e CAS param aos poucos, at? chegar a 30% dos atendimentos
Rep?rter
28/05/2007
Nesta segunda-feira, dia 28 de maio, os funcion?rios da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), decidiram entrar em greve, depois da vota??o realizada em assembl?ia no per?odo da manh?.
A partir de ter?a, 29, a Biblioteca Central, o Restaurante Universit?rio e os laborat?rios das faculdades fecham por tempo indeterminado. Na garagem da UFJF, s? ambul?ncias e carros da vigil?ncia continuam em funcionamento. Viagens marcadas e demais servi?os j? est?o cancelados.
Na ?rea da sa?de, a id?ia ? que o atendimento seja paralisado gradualmente. Nos pr?ximos dias, os n?meros de consultas, exames e tratamentos devem baixar 70%. A unidade do Hospital Universit?rio (HU) do bairro Santa Catarina, por exemplo, n?o vai mais aceitar interna?es.
J? o Centro de Aten??o ? Sa?de (CAS) (foto abaixo), que abriu as portas para atendimento ambulatorial nesta segunda-feira, fecha de novo na ter?a em raz?o da greve. O atendimento no bairro Dom Bosco vai ficar restrito aos pacientes com HIV, aos servi?os de nefrologia e tamb?m aos de quimioterapia, at? a d?cima se??o.
A previs?o antes da decis?o da greve era de que, a partir desta segunda, dia 28, cerca de cinco mil pessoas ao m?s pudessem contar com servi?os ambulatoriais no CAS, transferidos do HU, exatamente para ampliar o n?mero dos atendimentos.
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores em Educa??o da UFJF (Sintufejuf), a categoria est? em greve para resolver problemas da carreira dos t?cnico-administrativos das universidades e exige seq??ncia ao acordo firmado pelo governo desde 2004 e que n?o foi cumprido.
Al?m do reajuste salarial, os servidores pretendem conseguir a reestrutura??o da tabela de sal?rios-base e garantir o direito de greve, abalado pelo projeto de lei , que prev? novas regras para greves no funcionalismo p?blico.
O grupo reivindica, ainda, igualdade de direitos entre servidores ativos e aposentados, concursos p?blicos para as universidades e a retirada do Projeto de Lei Complementar PLP 01/07 do Congresso Nacional - considerada por eles como uma proposta que limita o crescimento real da folha de sal?rios dos servidores em 1,5%, assim como gastos com recursos humanos no servi?o p?blico. A greve tamb?m acontece contra a proposta de transforma??o dos hospitais universit?rios em funda?es estatais de direito privado.
"A paralisa??o j? foi deliberada nas plen?rias do dia 4 e 5 de maio em Bras?lia", explica a coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educa??o da UFJF (Sintufejuf), Paulo Dimas (foto). Para ele, ? importante que todos tenham claro que essa ? uma luta nacional, de todos, e que n?o depende unicamente da UFJF.
Outras paralisa?es come?aram em todo o pa?s. As universidades de Uberl?ndia, Cear?, Pernambuco e Rio Grande do Norte e a Universidade de S?o Paulo (USP) j? est?o paradas. Segundo dados divulgados na imprensa nacional, mais de 70% da categoria em cada uma dessas institui?es j? aderiu ? greve.
O posicionamento dos professores
Para o presidente da Associa??o dos Professores de Ensino Superior (APES/JF), Marcos Souza Freitas, ainda ? cedo para falar em paralisa??o, mesmo com a decis?o dos servidores nesta segunda-feira.
Mais uma vez ele reafirmou que, neste momento, n?o corresponde a realidade falar em greve dos professores da universidade. Marcos explicou que no dia 02 de junho, est? marcado um encontro nacional dos professores da institui?es p?blicas, mas que a categoria tem autonomia na base para deliberar sobre a paralisa??o ou n?o.
"N?o h? nada previsto. O fato ? que estamos num processo de renegocia??o salarial e que dentro desse processo a gente vai avaliar o que ainda vai precisar ser feito. Falar em greve agora seria imprud?ncia",
afirma.
Entre na comunidade de notícias clicando aqui no Portal Acessa.com e saiba de tudo que acontece na Cidade, Região, Brasil e Mundo!