Elizabeth Soares Elizabeth Soares 16/7/2010

Convivência no trabalho: o quanto você está disposto a tolerar?

FuncionáriosO ambiente profissional é marcado pela reunião de pessoas diferentes em inúmeros aspectos: gostos, preferências, habilidades, jeito de brincar, necessidade de conversar etc. Por si só, a convivência já é algo que exige esforço de nossa parte para evitarmos atritos, fofocas e inimizades. Como se isto não bastasse, ainda surgem pressões externas, tais como os prazos a serem cumpridos, os equipamentos que, muitas vezes, estão ultrapassados ou com problemas e a falta de pessoal, em função das férias ou de atestados médicos por exemplo.

É exatamente aí que entra a necessidade de exercitamos a tolerância para nos adaptarmos à convivência diária em nossa empresa. A palavra tolerância tem origem no latim tolerare (sustentar, suportar). No dia a dia, vamos nos deparando com contrariedades que nem sempre terão soluções imediatas. O limite estabelecido pela nossa capacidade para tolerar as diferenças irá definir a linha divisória entre nossa individualidade e a nossa inclusão ao grupo do qual fazemos parte.

No ambiente de trabalho, a tolerância está sendo vista como uma característica positiva e útil ao profissional, pois é por meio dela que conseguimos reconhecer o direito dos demais a expressarem opiniões diferentes sem que isso nos leve a julgar de forma severa e carregada de emoções.

Expostas com frequência e de forma prolongada a situações estressantes, as pessoas tem demonstrado intolerância a situações corriqueiras e simples, como aguardar o elevador, enfrentar filas no banco e supermercado, locomover-se no trânsito... Enfim, situações comuns da vida diária têm levado muitas pessoas a perderem o equilíbrio e ficarem expostas a conflitos.

O profissional que transmite a imagem de estabilidade emocional ganha pontos com o chefe e com os colegas. Para desenvolver a tolerância é importante lembrar que nenhum erro ou atitude do outro servirá de justificativa para mim. Preciso colocar foco na solução para os problemas que existem ao invés de ficar olhando para as pessoas a minha volta, procurando culpados, julgando, distribuindo rótulos e espalhando as minhas insatisfações. É uma escolha de postura que exigirá monitoramento para desenvolvê-la. Vamos praticar?


Elizabeth Soares
Psicóloga e Coach-Executiva


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