Após votação de piso, professores pretendem denunciar indignação à sociedade e recorrer à Justiça
Repórter
Um dia após a votação, na última quarta-feira, 23 de novembro, que aprovou, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em Belo Horizonte, o novo modelo de remuneração dos professores da rede estadual de ensino, a categoria pretende definir formas de denunciar à população à medida que extingue o sistema antigo de pagamento, de piso mais benefícios, estipulando valores unificados, que variam de acordo com o tempo de serviço e a escolaridade.
"É hora de definir o que fazer, mas é certo que pretendemos levar ao conhecimento da sociedade este projeto de destruição da educação em Minas Gerais, proposto pelo governador Antonio Anastasia", destaca a diretora da sub-sede local do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Victória de Fátima Mello.
Segundo ela, a categoria estuda, ainda, a possibilidade de recorrer à Justiça, a fim de ter a situação resolvida de outra forma. "O sentimento de indignação é grande e percebemos uma tendência em retomar as paralisações e a greve ainda no início do ano letivo de 2012."
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A aprovação do novo modelo, que passa a valer a partir de janeiro de 2012, ocorreu por 51 votos a 20. O Sind-UTE pressionava, desde meados de setembro, para que o governo cumprisse a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em agosto, determinou o pagamento do piso salarial nacional no valor de R$ 1.187 para 40 horas semanais de trabalho, enquanto os benefícios conquistados ao longo da carreira seriam pagos de forma separada.
Por outro lado, o governo do Estado alegava que o subsídio paga além do piso nacional, proporcionalmente às 24 horas semanais trabalhadas em Minas Gerais. Pela nova tabela de remuneração, o salário mínimo de um professor mineiro com ensino médio passa a ser R$ 1.122. Com a mudança os professores perdem novos biênios, quinquênios, trintenários e gratificação de regência.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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