Professores municipais completam um mês de greve e impasse continua
Após um mês de greve, magistrados da Rede Municipal de Educação e Prefeitura de Juiz de Fora permanecem no impasse quanto um possível acordo. Nesta segunda-feira, 13 de abril, o Executivo convocou coletiva de imprensa para falar sobre as propagandas divulgadas pelo Sindicato dos Professores Municipais de Juiz de Fora (Sinpro-JF) nos veículos de comunicação local. O anúncio ressalta que o salário inicial do professor é de R$ 849,34, sem considerar o reajuste informado abaixo na imagem do contra-cheque, com o valor adicional para cumprimento da Lei do Magistério. A secretária de Administração e Recursos Humanos, Andreia Goreske, explica que o valor correto e ajustado de um professor iniciante é R$ 958,89, que corresponde a 20 horas trabalhadas, sendo 13 horas e 20 minutos em sala de aula. Conforme a Secretaria de Educação nos últimos dias cerca de 30% dos professores retornaram as salas de aula.
Ela destaca que apenas 53 magistrados recebem o complemento para que o valor do salário base cumpra a Lei do Piso Nacional. "Momento algum utilizamos de má fé e mentira, como fala na propaganda. Deixamos claro que a lei do piso é cumprida deste janeiro deste ano. Colocamos o valor do adicional separado para que o professor veja o quanto a mais está recebendo para que a lei seja cumprida. O artigo 9° que possibilita este reajuste, por isso não podemos retirá-lo", destaca.
Após a assembleia realizada na última sexta-feira, 10, o magistério seguiu em direção à secretaria de educação e ocupou o prédio em protesto, com o intuito de falar com o secretário de educação. Representantes do Sinpro-JF afirmam que a greve continua enquanto o artigo 9° não for retiro, quanto o Executivo nega sua retirada, mas apoia mudança na formatação do complemento. Os professores afirmam que a norma gera reajustes diferenciados, que acabaria, em até cinco anos, com o escalonamento previsto no Estatuto dos Servidores do município, igualando e achatando os salários do PR-A1 ao PR-A5 e do PR-A ao PR-B.
O sindicato também pede o reajuste 13,01% concedido pelo Ministério da Educação (MEC) a todas as categorias. De acordo com a Andréia, a proposta é inviável e a Prefeitura estaria infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para a coordenadora do Sinpro-JF, Aparecida de Oliveira, o anúncio mostra que como colocado no próprio contra-cheque o valor é um abono. "Ela já está errada por dar o valor proporcional a carga horária de 20 horas. Não abrimos mão da retirada do artigo 9°, pois quebra nossa carreira."
A próxima negociação entre Sinpro-JF e Executivo está marcada para a próxima terça-feira, 14, às 10h na Escola de Governo. A assembleia também está agendada para a quarta, 15, às 14h, no Ritz Hotel.
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