Saúde e lazer é o objetivo do grupo cinquentão de bikers "Dinossauros do Mountain Bike" se aventura por trilhas em busca de desafios e de alívio para a vida profissional
*Colaboração
2/10/2009
Andar de bicicleta nos finais de semana por trilhas ou em áreas urbanas é uma atividade muito praticada por jovens e adeptos do esporte. Em Juiz de Fora, um grupo de cinquentões resolveu tomar a atividade esporádica como obrigatória. Da diversão e da preocupação com a saúde surgiu o "Dinossauros do Montain Bike".
Criado há cinco anos, o grupo reúne participantes que se aventuram pelas noites e nos finais de semana em trilhas e estradas de terra. "Não que seja uma regra, mas o mais novo dos integrantes tem 47 anos", afirma o bancário Marcos Americano, 52, idealizador e membro mais velho. Há 17 anos ele pratica a modalidade.
Além da idade, outro charme do grupo são as profissões. Nada de professores de Educação Física ou atletas. "Temos um funcionário público, um dentista, um engenheiro, um policial e vários empresários. Nosso objetivo é tirar o estresse, aliando a questão da saúde com o lazer", explica Americano. Os locais mais visitados pelos bikers são trilhas em Humaitá, Torreões, Linhares, Chapéu D'uvas, Matias Barbosa e Ibitipoca. Americano destaca que em Juiz de Fora um dos locais preferidos é a trilha do Vietnã e Camboja, que de perigoso só tem o nome. "Pegamos uma entrada atrás do Mirante e caímos na estrada para Monte Verde, onde entramos na trilha do Camboja, com travessia de riacho, descidas longas e passagens apertadas."
Americano conta uma situação interessante que ocorreu tempos atrás. "Uma vez em Chapéu D'uvas, fazendo uma trilha em que é preciso atravessar a represa na balsa, encontramos a mesma estragada. Tinha um barco particular perto da margem. Pegamos "emprestado" e fizemos duas viagens (a segunda com autorização do dono) para atravessar todos e continuar a trilha."
Família
Para Americano, o espírito de união e de amor ao esporte vale muito no time. Seu irmão mais novo, Eduardo Americano, 51 anos, participa do "Dinossauros" há cerca de três. Ele é auditor fiscal e ressalta que o forte do grupo é a amizade. "Somos companheiros de longa data. Muitos se conheceram antes da criação da equipe. Já visitamos lugares maravilhosos e fizemos novos contatos, como um ciclista que fazia trilha sozinho e passou a ser integrante."
Outro ponto fundamental para o auditor é o estresse, ou melhor, a falta dele. "Muitos usam o esporte para descansar a cabeça e se preparar para enfrentar a semana. As trilhas me ajudam nos aspectos profissionais e pessoais. Ganho muito mais sensibilidade nas atividades diárias. Além deste pessoal, ando de bicicleta com uma galera mais nova, que curte viagens longas. A saúde e diversão são o motivo de praticar a modalidade", pontua.
O engenheiro civil Nelson Gonzalez, de 50 anos, está no grupo há três e também utiliza o esporte como uma válvula de escape para o estresse. "As saídas noturnas aumentam minha disposição para o trabalho. Fico muito mais relaxado. Além dos passeios, nos encontramos em momentos de happy hour e para viajar." Nelson menciona o número crescente de adeptos da atividade e de integrantes do grupo. "Sempre convidamos novos participantes, mas nem sempre o tempo corrido permite. Estamos abertos para quem quiser participar."
*Pablo Cordeiro é estudante do 9º período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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