Diego Alves Diego Alves 30/4/2012

Valeu, Tupi!

TupiApesar da derrota do último sábado, 28 de abril, com certeza, ficou o sentimento de orgulho por parte da torcida carijó. O time foi valente e fez dois jogos equilibrados contra o Atlético nessa semifinal. Os desfalques de Sílvio e Michel Loures prejudicaram a montagem da equipe. Fabrício Soares, bom zagueiro que vinha sendo o reserva imediato para a lateral, compôs o miolo de zaga e, com isso, Moacyr Júnior precisou "quebrar a cabeça" para montar o seu lado esquerdo.

George e Allan jogaram no setor até a entrada de Assis, no segundo tempo. O time acabou ficando "torto". As jogadas foram concentradas pelo lado direito, porém, mais uma vez, a dupla Flávio e Henrique não foi eficiente. O Tupi até ensaiou uma blitz na defesa do Atlético na etapa complementar, mas, na maioria do tempo, foi um time com dificuldades para jogar e com pouco poder de fogo.

O Galo da capital também não fez uma boa partida. Principalmente no primeiro tempo, quando o jogo foi muito fraco tecnicamente. Os meias Bernard e Danilinho tentaram dar velocidade ao time e André, mais uma vez, deixou a sua marca. Mas o alerta já está ligado. Desde o fim da primeira fase, o rendimento da equipe vem caindo. Para ser campeão mineiro e avançar na Copa do Brasil, vai precisar jogar muito mais.

O Campeonato Mineiro acabou para o Tupi. Mas o ano não. E o principal ainda está por vir. A disputa do Brasileirão, pela Série C, é a grande atração no ano do centenário do Carijó. E, para essa competição, coisas boas serão levadas do Estadual. O título de Campeão do Interior e o terceiro lugar geral são valorosos.

O Tupi mostrou, durante todo o campeonato, que é um time competitivo, com bom comando técnico e com uma base forte para lutar por uma vaga na Série B nacional do ano que vem. E com reforços de qualidade para a lateral-esquerda, para o meio-campo ofensivo e para o ataque, o elenco estará ainda mais credenciado para conseguir o acesso.

E deu Coelho!

Classificação incontestável. Duas vitórias, e sempre jogado melhor do que o seu adversário. O América não deu chances ao Cruzeiro e, após 11 anos, volta a uma final de Campeonato Mineiro. Neneca e Rodriguinho, mais uma vez, foram os destaques do time. O Coelho vai para final com o moral elevado e a promessa é de uma final bem equilibrada contra o Galo.

Já para o Cruzeiro, fica a preocupação com o decorrer da Copa do Brasil e para o Brasileirão. O time precisa de reforços. As laterais são problemas desde o ano passado. O meio-campo, que há alguns anos era o ponto mais forte do time, sofre quando Montillo é bem marcado, como foi nesses dois jogos da semifinal. É bom que a diretoria da Raposa abra os olhos, pois, no ano passado, a Série B já bateu na trave. E é bom também que Wellington Paulista calibre a sua pontaria...

No Rio, é "Vovô"!

O Botafogo fez uma partida quase perfeita e atropelou o Vasco no Engenhão. Sem dúvidas, a melhor atuação do time na temporada. Oswaldo Oliveira ousou ao escalar Fellype Gabriel como segundo volante, na vaga de Renato, e o resultado foi o melhor possível. O camisa 11 marcou, chegou ao ataque e errou poucos passes. Maicosuel e Márcio Azevedo, até então bastante contestado, e com razão, também se destacaram. E Loco Abreu foi decisivo novamente. Já o Vasco pouco fez. Nunca se viu o bom time de Cristóvão Borges errar tantos passes. Felipe, Diego Souza e Éder Luís, que foram os melhores em campo na semifinal contra o Flamengo, dessa vez passaram despercebidos em campo.

Após 41 anos, o clássico "Vovô" volta a figurar numa final de Campeonato Carioca. Na última vez que isso ocorreu, em 1971, o Tricolor levou a melhor com um gol polêmico de Lula, aos 43 minutos do segundo tempo. Hoje, o Fluminense tem um dos melhores elencos do país e entra como candidato ao título em qualquer competição. Por outro lado, o Botafogo vem embalado após a grande vitória contra o Vasco. Os duelos da finalíssima deverão ser equilibrados. E o Engenhão vai ferver!



Diego Alves tem 25 anos e é amante do futebol. É jornalista formado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pós-graduando em jornalismo esportivo. Hoje é comentarista do programa Na Área, da Rádio Universitária FM, também de Viçosa.

ACESSA.com - Apesar da derrota, fica o sentimento de orgulho por parte da torcida

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