Lucas Soares Lucas Soares 5/05/2014

Os "professores" e os seus absurdos 4-2-4

Na 3ª rodada do Brasileirão, que aconteceu no último final de semana, 3 e 4 de maio, dois treinadores chamaram atenção por escalações um tanto ousadas: Muricy Ramalho, do São Paulo, e Jayme de Almeida, do Flamengo, colocaram suas equipes para jogar em um esquema muito ofensivo, abstendo-se de meias criativos e com a inserção de quatro atacantes no time titular, desde o início.

O resultado, obviamente, não poderia ser outro. Ambos os professores perderam o meio-campo, deixaram espaço para o adversário atacar e sofreram gols. Os dois também perceberam o erro e tentaram corrigir. Jayme ainda saiu com vitória de virada, mas Muricy perdeu o jogo e um pouco do comando do time. Paulo Henrique Ganso, uma das estrelas do tricolor paulista, ficou na bronca com o treinador pela opção, afirmando que o time precisa de um jogador que faça a bola chegar de frente para os atacantes.

De fato, houve uma melhora em ambas as partidas com a entrada de jogadores criativos. No caso do rubro-negro, então, a melhora foi mais efetiva, já que o clube estava mal na marcação e na armação. Encaixou, virou o jogo em 17 minutos e ainda conseguiu ampliar o marcador. O São Paulo perdia, conseguiu diminuir o prejuízo, mas não chegou ao empate.

No futebol atual, tática se ganha jogo. Antigamente, era comum que a qualidade individual fosse mais importante. Lógico, o material humano é fundamental para a execução dessas tarefas. Não pode, no entanto, desmerecer o adversário. Ao despovoar o próprio meio-campo, Muricy e Jayme deram espaço para os volantes adversários avançarem, estarem mais próximos aos atacantes, e criarem junto com o camisa 10. Quando o erro é corrigido, a aplicação tática muda, com um time melhor distribuído e mais ofensivo.

Fiz uma análise visual do Flamengo, por exemplo. Primeiro, como o time estava, antes da entrada do Lucas Mugni e o espaço deixado entre os volantes e os atacantes.

Agora o mesmo time, após a mudança do Jayme do Nixon pelo Mugni.

Obviamente, temos um jogador ocupando uma zona que antes era livre para os adversários e um aumento na preocupação da marcação ali. A jogada pelas laterais, ou os quatro atacantes, é efetiva quando se tem um jogador alto no meio da área, com bons cruzadores. Nem Flamengo, nem São Paulo contavam com essas características.

Não sou contra o 4-2-4. Acho uma tática válida, sim. Mas, de preferência, depois dos 35 do segundo tempo, com 2 a 0 contra.

Copa do Mundo

Dia 7 sai a lista de convocados da Seleção para a Copa do Mundo. Minha aposta eu já deixei aqui, mas não custa dizer de novo:

Goleiros
Julio Cesar (Toronto-CAN)
Jefferson (Botafogo-BRA)
Diego Cavalieri (Fluminense-BRA) 

Zagueiros
Thiago Silva (Paris Saint-Germain-FRA)
David Luiz (Chelsea-ING)
Dante (Bayern de Munique-ALE)
Dedé (Cruzeiro-BRA)  

Laterais direitos
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Maicon (Roma-ITA)

Laterais esquerdos
Marcelo (Real Madrid-ESP)
Maxwell (Paris Saint-Germain-FRA)

Volantes
Luiz Gustavo (Wolfsburg-ALE)
Paulinho (Tottenham-ING)
Fernandinho (Manchester City-ING)
Ramires (Chelsea-ING) 

Meias
Oscar (Chelsea-ING)
Willian (Chelsea-ING)
Hernanes (Inter de Milão-ITA) 

Atacantes
Fred (Fluminense-BRA)
Hulk (Zenit-RUS)
Bernard (Shakhtar Donetsk-UCR)
Neymar (Barcelona-ESP)
Jô (Atlético-MG - BRA) 

 


Lucas Soares é natural de Juiz de Fora, é jornalista formado pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora em dezembro de 2012 e apaixonado por futebol. Atualmente, é aluno de pós-graduação em Jornalismo Multiplataforma na Universidade Federal de Juiz de Fora, Repórter no portal Acessa.com e Editor-chefe do blog Flamengo em Foco. Já atuou em veículos impressos da cidade e como assessor de imprensa na PJF e na Câmara Municipal.

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