Respeito se conquista, não se impõe
Neymar em campo é um gênio. No melhor sentido da palavra quando se descreve um jogador.
Não falo isso pelo seu gol na final da Champions, nem pelo título conquistado. É pelo conjunto da obra. Aos 23 anos, já ganhou Paulista, Copa do Brasil, Libertadores da América, Recopa Sulamericana, Copa das Confederações, Superclássico das Américas, Liga BBVA, Copa do Rey e Champions League. Foi semi-finalista de uma Copa do Mundo, ganhou um prêmio Puskas de gol mais bonito do ano e vai disputar uma Copa América com o Brasil como grande favorito ao título, no auge de sua carreira. É um jogador em ascensão e que vai ganhando o respeito dos críticos.
Desde o início de sua carreira, eu posso falar que acreditava no potencial do menino. Foi inclusive meu tema de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) - sobre a cobertura midiática nas Olimpíadas. Se nada de extraordinário acontecesse, como uma lesão grave, ele despontaria. Menos de três anos depois, minhas "previsões" foram cravadas. O menino Neymar é um dos reis da Europa.
Não precisa ir muito longe para dar explicações sobre o futebol do cara. Artilheiro de quase tudo que disputou, e ainda nem é aquele centro-avante clássico, de definição. Fez gol e foi decisivo em finais de Libertadores e Champions, competições continentais mais importantes do mundo. Quer algo mais importante do que isso?
Neymar ser respeitado em seu próprio país é fundamental para o nosso futebol. Até a Copa das Confederações de 2013, ainda existia quem desconfiasse de seu potencial. Ele conseguiu passar por cima disso, fez uma ótima Copa do Mundo em 2014 - que terminou de forma trágica, com ele lesionado - e uma temporada 2014/2015 memorável pelo Barcelona. Que termine esse ciclo com chave de ouro, trazendo o título da Copa América pra gente!
Em tempo...
A pouco mais de um mês, fiz um texto sobre o título carioca do Vasco. Falava sobre a questão do tal "respeito" que os vascaínos clamavam para todos os lados ainda não ter voltado. Recebi uma chuva de críticas de vascaínos, que afirmaram que eu estava errado. Não que eu torcesse contra, mas em pouco tempo, ficou provado que eu estava correto em minhas pontuações.
Ainda falta um longo caminho para o Vasco, assim como falta um longo caminho para diversas equipes serem dignas de se auto-intitularem respeitáveis. Mas ainda não descobri a qual respeito o Eurico se referia quando afirmava que ele havia voltado, mas conto com a ajuda dos vascaínos para descobrir.
Lucas Soares é natural de Juiz de Fora, jornalista formado pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora em dezembro de 2012 e pós-graduado em Jornalismo Multiplataforma na Universidade Federal de Juiz de Fora. Apaixonado por futebol, repórter no portal Acessa.com e Editor-chefe do blog Flamengo em Foco. Já atuou em veículos impressos da cidade e como assessor de imprensa na PJF e na Câmara Municipal.
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