A importância de jogos grandes no Mário Helênio
O Estádio Municipal Radialista Mário Helênio é o grande palco do futebol juiz-forano. Até porque, a única equipe da cidade que tem time profissional, manda seus jogos lá. Desde sua criação, em 1988, o gramado viu grandes jogadores passarem por ali. Outro ponto que merece destaque é que, sempre que há algum problema nos estádios do Rio de Janeiro, Juiz de Fora se torna um refúgio.
Por ser um município localizado mais próximo do estado fluminense do que da capital de Minas Gerais, a maioria dos amantes do futebol torce para times cariocas. Assim, Flamengo, Botafogo e Fluminense têm um costume de virem para cá. O Vasco não entra nessa lista, já que é difícil São Januário ficar interditado.
Sempre que o Maracanã, e mais recentemente, o Nilton Santos, ficam sem condições de receberem partidas, o Mário Helênio é lembrado. E sempre corresponde às expectativas.
Nesse ano, já ocorreu a partida entre Fluminense e Criciúma, com vitória do tricolor por 2 a 0. O apelo não foi grande, uma vez que não houve tanta divulgação e também porque a Copa da Primeira Liga não tem sido muito falada. Outro ponto que serve para explicar os menos de 2000 torcedores presentes ao estádio foi o uso de jogadores reservas por ambos os times. Com certeza fez com que o apelo fosse diminuído.
Nessa quarta, o Flamengo manda a semifinal da mesma competição aqui. Vai encarar o Atlético-PR, às 21h30m. A expectativa é que tenhamos um bom público. Já no dia dois de Abril, a cidade volta a receber um clássico para alegria de flamenguistas e botafoguenses, esses, maioria na "terrinha".
A vinda desses grandes jogos para cá reforça a ideia de que o estádio precisar estar muito bem cuidado, um pedido há muito tempo feito. O gramado precisa estar um "tapete", os vestiários arrumados, as cabines em perfeito estado, e as barraquinhas limpas. Já há uma grande melhoria por conta da reforma que vem sendo feita. Com esses grandes jogos, todo mundo sai ganhando. Os hotéis ganham dinheiro com a hospedagem dos times e comissão técnica, os vendedores do estádio conseguem aumentar as vendas, os clubes faturam com bilheteria, e a cidade é exposta para todo o Brasil, além de alimentar a paixão do torcedor.
Mas, nem tudo são flores. Não podemos esquecer que o Tupi faz do Mário Helênio a sua casa, e que, ao contrário dos times cariocas, não tem uma outra solução favorável para mandar seus jogos. Por isso, o gramado tem que ser muito bem cuidado, e ter atenção redobrada. Quanto mais jogos, mais desgaste há na grama. Isso tem que ser calculado para que o Galo Carijó não seja prejudicado na Série B.
Em suma, essas partidas são uma boa forma de trazer o clube para mais próximo do torcedor. Entendo quando o Muricy fala que é necessário que o time tenha uma casa para evitar os desgastes de uma viagem, mas, para quem é apaixonado por futebol, não tem nada mais bonito do que ver os adeptos recepcionando seus ídolos. Não tem nada mais lindo do que ver um estádio cheio. E é assim, com certeza, que iremos ver o Mário Helênio nessas próximas partidas.
Matheus Brum nascido e criado em Juiz de Fora, jornalista em formação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e desde criança, apaixonado pelo Flamengo e por esportes. Já foi estagiário na Rádio CBN Juiz de Fora. Atualmente é escritor do blog "Entre Ternos e Chuteiras"; colaborador da Web Rádio Nac, apresentando uma coluna de opinião diariamente; editor e apresentador do programa Mosaico, que vai ao ar semanalmente na TVE, canal 12, e é membro da Acesso Comunicação Júnior, Empresa Júnior da Faculdade de Comunicação da UFJF, trabalhando no Departamento de Projetos e no núcleo de Jornalismo.
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