Hotéis para cães e gatos registram aumento de até 90% na procura durante as férias Diárias podem custar até R$ 35* e incluem banho, passeios e acompanhamento veterinário. Alimentação deve ser fornecida pelo dono do animal
Repórter
4/1/2011
Férias são sinônimo de lazer e descanso. Para muitos, é época de viajar. Mas quando se tem cães e gatos em casa, é importante estar atento ao local onde o animal ficará hospedado, tendo a segurança e a higiene como principais itens a serem observados.
Os hotéis para os animais de estimação chegam a registrar aumento na procura que pode variar entre 70% e 90% durante períodos de férias. De acordo com o proprietário de um canil na cidade, Marcelo Coelli, durante as férias, de julho, dezembro e janeiro, além de feriados prolongados, o movimento chega a crescer 70% ante aos outros meses do ano.
"As pessoas procuram porque têm certeza de que os animais ficarão bem cuidados." Segundo Coelli, as diárias cobradas equivalem a R$ 35* e incluem um banho, que é dado na data em que o cão é devolvido ao dono, além de passeios e assistência durante 24h por dia. "Fazemos algumas exigências, como o repasse da alimentação do animal. Além disso, o animal deve estar vacinado por um profissional veterinário." No caso da hospedagem de gatos, o valor da diária é de R$ 25* e é exigido que o dono leve, para o local, a caixa de areia onde o animal tem costume de fazer as necessidades fisiológicas.
Já a cuidadora de cães, Edna Maria da Silveira, afirma que a alta na procura pode chegar a 90% durante as férias, em comparação com dias normais. "O risco dos cães fugirem de casa quando os donos estão em viagem é grande. Por isso, a alta na procura pela hospedagem." O valor da diária equivale a R$ 20* e, como no caso de Coelli, Edna também exige que o alimento do animal seja levado pelo seu dono. "Na maioria dos casos, os cães já estão acostumados com determinado tipo de ração, assim, para não sair da dieta, a alimentação é fornecida pelo proprietário." No preço da diária estão incluídos passeios e acompanhamento de um veterinário. A exigência para a hospedagem diz respeito ao cartão de vacinação em dia.
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Cuidados importantes
De acordo com o veterinário membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de Minas Gerais, Messias Lobo, os donos de animais devem ficar atentos ao tamanho do espaço e à presença de um veterinário nos hotéis especializados.
Já a veterinária responsável pelo Canil Municipal, Liza Helena Nery, destaca que o ideal é buscar por locais de confiança, que tenham sido indicados por conhecidos. A presença de um profissional de referência, um veterinário, é fundamental. "O ideal é que esse profissional tenha contato com o veterinário do animal, a fim de que sejam relatados os costumes e possíveis problemas."
Outro aspecto que merece atenção diz respeito à exigência de sanidade. O cartão de vacinas, assim como o de vermifugação, devem estar em dia. "Neste caso, não basta o carimbo de casas agropecuárias, é preciso que a marca seja de um profissional de veterinária." Além disso, o animal também deve estar protegido contra parasitas, como pulgas e carrapatos, sendo que o medicamento deve ter sido aplicado recentemente, devendo durar até 30 dias." Liza explica que, quando o cão ou o gato está em contato com outros animais, o poder de ação de remédios contra parasitas é reduzido.
Uma medida interessante é uma visita para que sejam observados itens como higiene; possibilidade de o animal ter contato com a luz solar; a não presença de umidade, que pode desencadear problemas de pele; e, no caso de grama, que a mesma esteja aparada e limpa. "É importante que o espaço ofereça segurança, como muros altos, que impeçam possíveis fugas." Além disso, o proprietário do local de hospedagem deve se dispor a fornecer, a qualquer horário, informações sobre o animal.
Fiscalização deficiente
Segundo Lobo, embora não haja regularização voltada para hotéis de animais, fiscalizações devem ser realizadas pelo setor de Zoonoses de cada município, com supervisão do Conselho Regional de Medicina Veterinária. "Mas sabemos que em Juiz de Fora, o número de veterinários para atuar neste sentido é reduzido, o que acaba por dificultar a atuação."
* Valores pesquisados em janeiro de 2011
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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