A chegada da TV Digital Entenda a revolu??o que a transmiss?o digital de ?udio e v?deo vai fazer na sua casa e na sua vida. Em Juiz de Fora, TV Digital chega somente em 2009
Editora Geral
03/12/2007
As transmiss?es da TV digital - HDTV (Televis?o de Alta Defini??o) - tiveram in?cio no ?ltimo domingo, dia 02 de dezembro. A partir de agora, come?a o regime de transi??o da televis?o anal?gica brasileira para o sistema digital no padr?o japon?s. Incialmente, as capitais e o Distrito Federal v?o ser os primeiros a usufruir dos recursos, mas a expectativa ? de que at? 2016, os sinais anal?gicos sejam desligados.
Em visita ? Juiz de Fora, em maio deste ano, o ministro das Comunica?es, H?lio Costa, informou que em julho de 2008, a TV Digital estaria dispon?vel para os juizforanos. No entanto, a previs?o, segundo o cronograma divulgado pela Ag?ncia Nacional de Telecomunica?es (Anatel) ? a de que somente no ?ltimo semestre de 2009, os juizforanos v?o ter acesso ? nova tecnologia.
Segundo divulgou o ministro, em entrevista realizada, no domingo, dia do lan?amento, a implanta??o vai ser feita aos poucos, devido aos cuidados no processo de transi??o. Mas nada impede, por exemplo, que grandes cidades do interior do pa?s, como Juiz de Fora, Campinas (SP) ou Londrina (PR), e mesmo as capitais, possam se antecipar aos prazos estipulados pelo minist?rio. "Nada impede que uma cidade de grande porte venha a ter o sistema digital antes de 31 de dezembro de 2009. N?s estudaremos cada caso"
, comentou o ministro em entrevista.
Entenda as mudan?as
Entre os tr?s grandes padr?es de transmiss?o de TV no mundo, o Brasil adotou o padr?o japon?s (ISDB) como base para o sistema nacional de TV Digital, sendo que o mesmo ter? algumas modifica?es baseadas em pesquisas nacionais, fato que o tornar? ainda mais moderno que o padr?o japon?s original. As emissoras atuais, que utilizam a transmiss?o anal?gica tradicional, devem se reequipar para fazer transmiss?o dentro do novo padr?o.
A mudan?a significar? uma melhoria na qualidade de ?udio e v?deo em uma
escala de quase 100%, permitindo at? a instala??o de uma grande tela dentro
de casa, sem altera??o na imagem. Segundo o professor de telecomunica?es, Almir
Gon?alves Pereira, a quantidade de detalhes da imagem digital ? muito maior que no sistema
anal?gico atual. "A imagem n?o
? s? "melhor"; pode-se dizer que ela ? quase perfeita! Pode at? transmitir
mais detalhes que a vista humana ? capaz de perceber. Por ser um sistema
digital, n?o existe meio termo: ou a imagem ? perfeita, ou ela ? interrompida
- o que raramente acontece"
, esclarece.
Para garantir a total qualidade de som e imagem, o consumidor deve estar disposto a mexer no bolso. Uma TV de 29" com recursos digitais custa em torno de R$ 7 mil.
O gerente de vendas de uma loja de departamentos, Deivys Ven?ncio (foto ao lado), acredita que o mercado de eletr?nicos est?
preparado para as mudan?as. "O setor de televisores saiu na frente. Antes
mesmo do decreto, j? t?nhamos aparelhos com uma infinidade de recursos na loja. Daqui a dois anos, as TVs Digitais j? estar?o com um pre?o acess?vel"
, acredita.
Enquanto os pre?os continuam altos, a popula??o ter? como alternativa o uso de um conversor, que j? ainda n?o est? dispon?vel para a compra em valores que variam de R$ 400 a R$ 1.000. O Governo espera baratear criando linhas de financiamentos espec?ficas para este tipo de compra.
Para receber os sinais digitais, o consumidor precisa, em primeiro lugar, de uma antena UHF. O pr?ximo passo ? escolher um televisor com set-top box integrado ou um set-top box externo, para que esse aparelho decodifique a transmiss?o para TVs 'comuns' ? sejam elas LCD, CRT (tubo) ou plasma.
O aparelho (conversor) vai permitir a transmiss?o digital mesmo
com um televisor anal?gico. "Se quisermos apenas "ver" as programa?es,
poderemos comprar um adaptador para nosso aparelho anal?gico. ? claro que a
imagem ser? anal?gica, mas com a qualidade melhorada, sem fantasmas ou
chuviscos"
, orienta Almir.
Mas ningu?m precisa sair correndo para comprar o seu conversor. O governo estipulou o prazo de dez anos para a transmiss?o dupla - digital x anal?gica - ou seja, voc? vai poder continuar assistindo televis?o normalmente.
Novos formatos na programa??o
Outra quest?o levantada pela implementa??o do modelo digital ? a interatividade. O novo modelo viabiliza at? quatro tipos de programa??o em uma mesma tela. Ser? poss?vel tamb?m, a longo prazo, a compra de um vestido da atriz da novela, o agendamento de programas para serem vistos em hor?rios diferentes da programa??o convencional, o acesso ? internet e ? troca de informa?es entre o telespectador e a emissora.
Para o professor de T?cnica em Comunica??o, Kl?ber Ramos (foto ao
lado, ? esquerda), a TV Digital far? uma revolu??o no conte?do televisivo. "Infelizmente, n?o ser? resolvido o problema dos programas ruins. Cada vez
mais, a audi?ncia ser? determinada pela qualidade na produ??o. Ganha quem se
adequar as novidades"
, ressalta.
No meio jornal?stico, foi levantada a pol?mica em rela??o ao desaparecimento
da internet. Segundo o professor de Recep??o em Comunica??o, Ernani
Soares (foto acima, ? direita), o questionamento n?o deve assustar os ve?culos que se dedicam
? hiperm?dia. "O mais importante desse processo ? a converg?ncia de m?dias. Com a
TV Digital, todas as m?quinas se falam. Isso n?o quer dizer que a TV Digital
ir? acabar com a internet, o r?dio e outros ve?culos. No momento em que o
telespectador resolve usar a Web via televis?o, ele n?o est? mais no
ve?culo TV, mas na internet"
, pondera.
*Colabora??o da jornalista Renata Cristina, em mat?ria produzida em julho de 2006
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