Come?a implanta??o da bilhetagem eletr?nica Nova tecnologia substituir? o vale-transporte de papel e ser? implementada a partir de outubro, por categorias, em Juiz de Fora
Colabora??o*
22/10/2007
Finalmente, o projeto de bilhetagem eletr?nica previsto para acontecer, em Juiz de Fora, vai sair do papel. A novidade come?a a funcionar definitivamente, a partir de dezembro deste ano. Mas, antes disso, a implanta??o ser? realizada por categorias.
Segundo, a Associa??o Profissional das Empresas de Transporte de Passageiros (Astransp), ainda neste m?s de outubro, tr?s mil funcion?rios do sistemas v?o ser cadastrados e, a partir de novembro, o cadastro ser? feito com os usu?rios que t?m acesso gratuito ao transporte.
A tecnologia
ser? implantada aos poucos e, segundo o presidente da Astransp, Fernando Goretti, o novo sistema "vai trazer vantagens para os usu?rios, as empresas, o funcion?rio e o gestor do transporte"
.
Antes da utiliza??o por toda a popula??o, a Astransp pretende informar e orientar os juizforanos, atrav?s de campanhas did?ticas de divulga??o e publicidade para evitar desentendimento e confus?es com o uso dos cart?es.
Opini?es variadas
Para o presidente do sindicato dos transportes rodovi?rios, Jos? Pedro Franco, o novo sistema representa"o fim da moeda paralela e, conseq?entemente, uma melhora no emprego em Juiz de Fora". Por outro lado, Jos? Pedro admite estar um pouco preocupado com a novidade, pois ao contr?rio do que foi prometido,
"o poder p?blico n?o convidou o sindicato para explicar como o sistema funciona", ressalta.
Os usu?rios tamb?m est?o um pouco desconfiados do novo servi?o. Para muitos, al?m de atrasar o processo de entrada no ve?culo, a bilhetagem eletr?nica vai reduzir o n?mero de empregos. ? o que acredita a estudante Deila Martins de Souza. "A bilhetagem vai tirar o emprego de muita gente"
. A mo?a se mostra descrente em rela??o ? palavra da administra??o municipal no que se refere ? manuten??o do cargo de cobrador. "H? uma diferen?a muito grande entre o que eles falam e o que eles fazem"
, diz.
O superintendente da Gettran, Ronaldo Toledo garante que o sindicato foi convidado para as reuni?es acerca do novo servi?o. Ele afirma que as modifica?es fazem parte do decreto municipal n? 9001, de 27 de setembro de 2006, atrav?s do qual as empresas se comprometem, entre outras coisas, com a manuten??o do cargo de cobrador.
Na opini?o de Toledo, o cobrador ? uma figura essencial para garantir a efici?ncia desse novo sistema. "Al?m de ser o respons?vel por receber a passagem paga em esp?cie, informa o itiner?rio e os pontos de parada para os passageiros. Ele ter? a fun??o de abrir e fechar cada viagem, passando o cart?o eletr?nico nos pontos iniciais e finais de cada uma e prestar contas ? tesouraria. Isso vai garantir um controle mais eficiente da produ??o quilom?trica e da pontualidade de cada ve?culo"
, avalia.
Os vendedores de vale transporte s?o os que mais se sentem amea?ados, j? que o novo cart?o inteligente tem por objetivo acabar com o com?rcio paralelo. "A bilhetagem vai ser muito ruim para n?s, porque as pessoas n?o poder?o vender o cart?o. Quem depende do dinheiro da venda dos vales para gente tamb?m ser? prejudicado porque n?o vai poder pagar as suas contas"
, opina o vendedor S?rgio Pereira (foto ao lado).
Dividindo praticamente o mesmo ponto que S?rgio, Merc?s Rodrigues
tamb?m lamenta a troca e acredita que a bilhetagem eletr?nica n?o tem futuro em Juiz
de Fora. "A cidade ? muito pequena, mal sabe o que ? vale-transporte,
n?o vai se acostumar com o cart?o"
. Apesar de acreditar na fal?ncia do novo sistema, admite ter medo pelo emprego. "Eu n?o vou poder vender cart?o, n?? N?o sei como vai ser se isso der certo"
, diz.
Mas para quem j? est? acostumado a utilizar o cart?o inteligente em outras cidades,
a mudan?a ser? positiva. ? o que garante a estudante S?nia Peres.
"A bilhetagem facilita a vida, n?o precisa ficar comprando vale nem trocar dinheiro.
Nas cidades em que eu j? usei esse tipo de servi?o eles mant?m o trocador. Sem contar
que diminui o risco de assalto"
, comenta.
Como funciona a nova tecnologia
A bilhetagem eletr?nica funciona com a transmiss?o, por rede local sem fio, dos dados operacionais coletados pelo validador para um computador central. Quando o usu?rio passa o cart?o pelo aparelho, ele faz a leitura digital dos cr?ditos nele armazenados e aciona o giro da roleta, ap?s descontar o valor da passagem.
O cart?o funciona por aproxima??o do validador, sem contato direto. A uma dist?ncia de dez cent?metros os dados s?o captados e enviados para a central.
O t?cnico respons?vel pela empresa designada para desenvolver a tecnologia em Juiz de Fora, Natanel Romero, garante que n?o h? registro de falsifica??o do cart?o eletr?nico nas 95 cidades onde a empresa j? instalou o sistema.
Em caso de perda, a empresa afirma que o usu?rio recupera seus cr?ditos, desde que comunique a perda rapidamente. A primeira via do cart?o ? cadastrada gratuitamente, a emiss?o da segunda, custa o equivalente a dez tarifas integrais. Cada cart?o ter? o equivalente a 200 vezes o valor da tarifa vigente.
Todos os usu?rios v?o entrar pela porta traseira, com exce??o das gr?vidas e portadores de algum tipo de defici?ncia especial, sendo que as gr?vidas v?o continuar se dirigindo ao cobrador para passar o cart?o pelo validador. Esse procedimento visa garantir mais seguran?a e melhorar a visibilidade do motorista, que continua respons?vel por abrir e fechar a sua escala bem como controlar quem entra pela porta da frente.
Enquete
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*Marinella Souza ? estudante de Jornalismo da Universidade Federal de Juiz de Fora
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