Cadeiras antigas
Veja como deixar sua casa mais bonita com cadeiras antigas que, depois de recicladas, ganham um novo estilo

S?lvia Zoche
10/02/05

Escute o que Silv?nia Cristina de Andrade fala sobre seu trabalho e veja algumas fotos das cadeiras que Silv?nia recicla.

Ou?a! Veja!
Cadeiras. Objetos que se encontram em quase todo lugar. Como diz a professora de Literatura, Silv?nia Cristina de Andrade, elas s?o realmente necess?rias. "Precisamos sentar para ler, lanchar, almo?ar, pensar, descansar...". Silv?nia as compara com os seres humanos, que possuem uma hist?ria, uma vida. Esse objeto de decora??o foi escolhido por ela para ser reciclado.

Foto: Henrique Viard Foto: ACESSA.com
Cadeira de balan?o reciclada Mesma cadeira, por?m estofada

H? cerca de um ano Silv?nia mora em Juiz de Fora e resolveu fazer um curso b?sico de marcenaria na cidade. "O meu interesse n?o era montar uma marcenaria, mas aprender algo novo. Eu n?o sabia qual seria o meu interesse, mas tinha certeza que algum dia um objetivo iria despertar. At? que meus olhos ficaram voltados para reciclagem de madeiras", diz.

Ela iniciou, ent?o, o projeto Reciclando Eleg?ncias. S?o cadeiras de madeira antiga, com idade aproximada entre 40, 50 e 60 anos, que Silv?nia encontra no lixo ou que compra por um valor muito pequeno. "Encontro na feira da Av. Brasil, que acontece todo domingo; em lojas de m?veis usados; na rua, embaixo de viadutos... J? comprei cadeira por R$ 3 e por R$ 20. S?o valores ?nfimos mesmo". As cadeiras que encontra, Silv?nia leva para sua casa.

Foto: ACESSA.com S?o cadeiras de diferentes modelos e ?pocas que, segundo ela, devem ganhar um lugar de destaque na casa. Por enquanto, a casa escolhida ? a dela. "N?o menciono pre?o, que para mim ? exorbitante. Quem comprar a cadeira, vai levar parte de mim, vai levar os meu pensamentos, vai levar a troca de energia, de alma. Quem quiser, vai ter que pagar um alto valor", explica. At? hoje, ela j? restaurou 12 cadeiras.

Modelos e estofados
O interesse de Silv?nia a faz procurar e pesquisar os modelos. "O meu estudo ainda ? pequeno, mas quero viajar, fazer cursos e aprender sobre cada uma delas".

Ela j? sabe que as cadeiras que comprou eram pintadas com tinta escura, para esconder os diferentes tipos de madeira. A descoberta acontece no momento da reciclagem. "Procuro manter a originalidade da madeira e n?o escondo os buracos. Os variados tipos de madeira ficam ? mostra".

Quando a cadeira chega sem partes do bra?o, da perna ou do assento, Silv?nia recorre ao trabalho de marceneiros. O que ela aprendeu no curso de marcenaria foi o b?sico. "Eu lixo, passo selador e, por ?ltimo, a cera. Reconstruir partes quebradas fica por conta da marcenaria".

Reciclar, para a professora, ? eliminar o passado destes objetos. "Ofertei-lhes uma vida leve, de eleg?ncia e beleza, utilizei o moderno dentro do que ? velho e r?stico... Uma nova identidade!". O toque de moderniza??o fica por conta do estofamento. "Assim que pego uma cadeira, j? consigo ver o que vou usar no estofado. Adoro cores berrantes", afirma.

Foto: Henrique Viard Um dos exemplos de contraste da madeira antiga com o colorido da modernidade ? a cadeira da foto ao lado. Al?m de contrastar estilos, Silv?nia aproveitou para cobrir uma parte que foi muito danificada. "Ela veio quebrada. Levei ao marceneiro e ele fez uma emenda, mas como n?o resultou em um visual bonito, resolvi estofar tamb?m a lateral remendada", explica.

Outra id?ia ? misturar retalhos de couro escuro, para contrastar com uma madeira clara. Silv?nia j? tem planos para um par de cadeiras que ela vai nomear de S?rie Brasil. "Quero fazer uma com estofado amarelo e outra verde", diz.

Para a professora, todo e qualquer modelo restaurado deve ser um objeto de admira??o. "? uma cadeira de poeta, de um pensador", conta.

Exposi??o
No fim de mar?o deste ano, Silv?nia pretende montar sua primeira exposi??o dom?stica de cadeiras. "Ser? aqui em casa, sem pretens?o comercial". No meio deste ano, ela quer expor as cadeiras em um hotel da cidade. "Quero aproveitar e fazer um sarau tamb?m, vender minhas cr?nicas. Quando se faz um trabalho, ? preciso que as pessoas conhe?am voc?. Mas ? importante que a exposi??o seja um espa?o multicultural".

Por enquanto, quem tiver curiosidade em ver de perto o trabalho de Silv?nia e estiver disposto a pagar o pre?o por uma pe?a restaurada, pode ligar para 3235-1796 e agendar um hor?rio. ? uma oportunidade, tamb?m, de colocar em pr?tica as id?ias de Silv?nia.

*Passe o mouse sobre as fotos para ver os cr?ditos.


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