A beleza dos vitrais Saiba como explorar a beleza dessas peças históricas dentro de casa, no escritório e onde mais a sua imaginação deixar

Renata Cristina
Repórter
22/07/2006
Clique no ícone ao lado e veja algumas fotos dos vitrais da Capela Santo Inácio de Loyola, que ficou em 4º lugar na premiação do Instituto de Arquitetura do Brasil, na categoria obra construída.

Veja!


Eles estão em toda parte e garantem aos ambientes harmonia, serenidade e sofisticação. Os vitrais, pequenos pedaços de vidro que reunidos formam imagens de encher os olhos de qualquer pessoa, podem ser usados em vários ambientes, desde casas, escritórios, consultórios até onde a imaginação deixar.

 

Diferentemente do passado, tempo em que eles só eram vistos em janelas de igrejas ou de castelos medievais, hoje, os vitrais se espalharam por todos os cantos da casa. De acordo com o especialista nesta arte, Célio de Moura (foto abaixo), que trabalha há 25 anos no ramo, as pessoas que procuram decorar suas residências com vitrais não estão somente interessadas em cobrir um espaço, como o de uma janela, mas desejam valorizar o local. "Quando se faz uma pesquisa e cria-se o desenho adequado, o vitral só tem a acrescentar", ressalta.

 

Dentro de casa, ele aconselha usá-los em janelas de escadas, detalhes em portas, biombos, divisórias e, até mesmo, em banheiros. "É possível criar de tudo, do clássico ao contemporâneo". Para quem prefere o estilo clássico, são aconselháveis as imagens sacras e os florais. Já para os mais moderninhos, vale apostar em desenhos geométricos, criando figuras abstratas.

No ambiente de trabalho, como escritórios e consultórios médicos, eles podem ser uma boa alternativa para decorar halls de entrada, dividir salas, além de alegrar e suavizar o local. Segundo a vitralista, Fátima Vargas, esta é uma excelente opção para quem deseja dar um toque de originalidade, mesmo sendo no trabalho. "Eles não são apenas uma peça decorativa, são formas de arte", descreve a profissional.

 

 

Os pedaços de vidro podem ser aproveitados também em peças decorativas, como em porta CDs, abajures, vasos de flores, luminárias, porta velas, entre diversas opções que utilizam a técnica de fundição de vidro em alta temperatura (fusing).

 

Peças Sacras
Não se sabe ao certo, mas os primeiros vitrais da história da humanidade surgiram com o aparecimento do vidro. Justamente porque naquela época não havia como produzir vidros contínuos, semelhantes aos da construção civil atual, é que se desenvolveu a técnica de combinar os pedacinhos, dar cor e firmar com o chumbo.

 

Inicialmente, os pedaços de vidro eram pintados à mão, mas a partir do século IX, incluíram os pigmentos já na fusão do vidro, criando novas cores e texturas. A igreja passou a usar desse artifício para retratar a história dos santos e algumas passagens da Bíblia. "Era uma forma de controlar a luminosidade e criar uma espiritualidade no local", afirma Moura.

 

 

O vitralista teve o seu trabalho reconhecido, juntamente, com o de outros profissionais responsáveis pela construção da Capela Santo Inácio de Loyola (foto abaixo). Inaugurada em 1998, o lugar surpreende pela beleza, através da combinação do vidro com o concreto, em um projeto baseado na arquitetura moderna. "Esta é a única capela com 360º graus de vitrais contínuos", ressalta. Em 1999, o local ficou em 4º lugar na premiação do Instituto de Arquitetura do Brasil, na categoria obra construída.


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