SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Refugiados ucranianos ajudaram a Alemanha a atingir um recorde populacional histórico, afirma o Serviço Federal de Estatística. Relatório publicado nesta terça (27) indica que o número de habitantes do país cresceu 1%, ou 843 mil pessoas, no primeiro semestre de 2022. Destes, cerca de 750 mil ou quase 89% são imigrantes ucranianos. A taxa de crescimento populacional de 2021 inteiro havia sido de apenas 0,1%.

Também o crescimento da população feminina alemã em 1,2%, ante aumento de 0,8% da masculina, reflete a imigração ucraniana. Isso porque foram principalmente as mulheres e crianças que fugiram do país. Homens em idade para lutar foram proibidos de deixar o país para participar do esforço de guerra.

A Alemanha só tinha registrado aumentos populacionais tão grandes duas vezes desde a sua reunificação, em 1990. Ambas também estavam relacionadas à chegada de refugiados em massa -da antiga Iuguslávia, em 1992, e do Oriente Médio, em 2015.

O país é hoje o mais populoso da União Europeia (UE), com 84 milhões de pessoas. Embora tenha uma das menores taxas de fertilidade do mundo e, segundo algumas métricas, a população mais envelhecida, sua riqueza, oferta de postos de trabalho e políticas de imigração relativamente abertas tornaram a nação atrativa para imigrantes mesmo antes de a UE abrir suas fronteiras para os ucranianos que fugiram de seu país quando ele foi invadido pela Rússia, em fevereiro.


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