Juliana Freesz Juliana Freesz 29/3/2011


Geração Y e a importância do olhar interno nas corporações

IlustraçãoHoje em dia, muito se ouve falar sobre a dificuldade das empresas em permanecerem com o mesmo quadro de funcionários por anos e anos como acontecia em gerações anteriores à década de 70 (os chamados baby boomers, geração de nossos avós, e a geração X: geração de nossos pais). Mas por que, a cada dia, mais e mais pessoas tem permanecido por pouco tempo nas empresas?

Tal fato pode ser explicado por um "fenômeno" que vem ocorrendo, após estudos realizados sobre o comportamento humano, em que foi constatado que pessoas nascidas de meados da década de 70 a meados da década de 90 compõem uma geração ousada, inovadora e esperta: a Geração Y.

Mas, o que essa geração está realmente causando nas empresas? Empresas mais antigas estão tendo dificuldades em lidar com pessoas com esse perfil. São jovens, otimistas, engajados, cooperativos, críticos, acostumados com a renovação tecnológica, questionadores, inquietos, capazes de realizar inúmeras tarefas ao mesmo tempo: compõem a geração digital.

Dessa forma, algumas empresas vêm apresentando dificuldade em como adaptar esses jovens a uma empresa com cultura rígida, que "segue as regras" da companhia com as outras gerações (X e baby boomers) que estão acostumadas a ter resultados, por meio de processos estabelecidos, normas claras, usando a experiência profissional e de vida. Como quebrar esse paradigma? Como promover a integração entre todos na empresa?

O grande passo, me arrisco a dizer o primeiro, para promover a integração e continuar atingindo bons resultados, sem ficar para trás e se mantendo sempre atualizado com o crescimento do mercado cada vez mais competitivo, é promover ações que facilitem a comunicação interna. É muito importante ressaltar que esse processo de mudança, pelo qual as empresas estão passando, deve ser levado em conta, através do equilíbrio da comunicação como um todo: estratégias corporativas, regras e atualização tecnológica. Além disso, sabe-se que a comunicação interpessoal é a responsável pela integração de forma efetiva dos novos funcionários com os antigos. É através dela que os mais novos contratados criam um vínculo forte, que pode evitar que eles permaneçam por um período curto de tempo naquela corporação.

Por isso, é importante que a comunicação esteja muito bem trabalhada, para que líderes e subordinados possam ter uma relação de transparência, aberta a todos os canais e estilos de comunicação. É preciso, portanto, saber adequar a comunicação a públicos tão variados. Feedback, conscientização e informação: tudo isso provém da boa comunicação, da habilidade em se comunicar com clareza e assertividade, transmitindo uma linguagem comum a todos.

Diante desse novo desafio, é a comunicação interna que irá auxiliar a todos, para que a administração das empresas se tornem mais simples. Inovar e se manter atualizado é preciso. Para isso, há que se adaptar às novas tendências de mercado, priorizando sempre o treinamento e demais ferramentas de comunicação que irão garantir bons resultados e menos dor de cabeça, com o grande número de pedidos de demissão, que vem ocorrendo diante dessa nova geração que está tomando conta do mercado.


Juliana Freesz é fonoaudióloga, consultora em comunicação interpessoal (pessoal e corporativa), sócia administrativa, gerente comercial e marketing da Clips, participante do Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, participante do treinamento da ONU aplicado pelo SEBRAE – EMPRETEC, colunista da MBA Treinamentos Corporativos e palestrante.


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