Fernando Agra Fernando Agra * 13/8/2012

Criança saudável, poupança cheia!

CofreQuando pensamos em bem estar, logo vem a nossa cabeça: SAÚDE. Como dizem os mais antigos: "Estando com saúde, está bom, o resto vem com o tempo". Uma pessoa com dinheiro e sem saúde não é feliz, porém uma pessoa com uma renda que dá somente para o sustento consegue ser feliz e levar a vida bem. Já pensou em ter saúde e dinheiro ao mesmo tempo? Concordemos que pode exigir esforço, mas é possível. Que tal começarmos por nossas crianças?

Quando nos reunimos para escrever este artigo, pensamos em juntar o útil ao agradável. Se formos observar as crianças da atualidade, iremos perceber que uma parte delas não se alimenta bem. Cotidianamente, existem pais que dão dinheiro a seus filhos para que façam um lanche antes da aula, no intervalo ou após o término. Suponhamos que esse valor seja aproximadamente R$ 5 diários. Ao se fazer a conta por mês, essa quantia chegaria a R$ 100 (vale ressaltar a exclusão do sábado e domingo, que as crianças não vão ao colégio). Ao levar em consideração que boa parte dessas crianças só consome guloseimas, salgados e refrigerantes, podemos deduzir que talvez mais adiante elas possam ter uma dor de dente, chegar à obesidade (que tem sido um grande problema nos dias de hoje) ou ter outro problema de saúde. Quanto isso vai doer no bolso dos pais dessa criança? Gastar com médico/dentista, exames e remédios. Isso sairá mais caro do que do que o dinheiro que é gasto, por mês, com guloseimas, salgados e refrigerantes.

Agora nos perguntamos: será que essa criança será um adulto saudável com bons hábitos alimentares? E quanto à renda? Terá condições de trabalhar ou terá que ficar tratando da saúde? É possível mudar esses maus hábitos? Sim, é possível. Se ao invés de dar dinheiro para criança levar para o colégio, os pais podem colocar uma fruta como a maçã (que é rica em vitaminas, sais minerais e fibras, bem como facilita a digestão, reduz o colesterol e ajuda a prevenir até o mal de Alzheimer) na mochila dela, além de economizar, ainda garantirá um futuro saudável.

Trocar as guloseimas, salgados e refrigerantes por um passeio com a família ampliará a integração entre pais e filhos e é bem mais salutar do que as opções iniciais deste parágrafo. Conversar com os filhos também sobre a importância de se poupar para aproveitar as oportunidades mostra que tais crianças não podem gastar tudo o que têm e isso contribui para que as mesmas sejam pessoas parcimoniosas nas suas relações de consumo.

Se no passado vovó e vovô diziam que o que enche a barriga é feijão com angu, hoje, podemos dizer que o que enche a poupança é começar a mudar os hábitos do seu filho.

* Colaboraram: Camyla Oliveira, Cláudia Cristina, Lorenna Barcelos, Paula Maciel e Tatiane Campos, alunas do 2º período de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá – Campus de Juiz de Fora.


Fernando Antônio Agra Santos é Economista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Doutor em Economia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e professor universitário das faculdades Vianna Júnior, Estácio de Sá, Universo e da Fundação Educacional Machado Sobrinho, todas a instituições em Juiz de Fora - MG. O autor ministra palestras, para empresas, na área de Educação Financeira. Saiba mais cliente aqui.

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