Campanha pretende aumentar o consumo de mel em JF e região Associação objetiva estimular a produção local. Criação de central de negócios e de uma cooperativa da apicultura local são os planos futuros
Colaboração
4/01/2011
A Associação dos Apicultores de Juiz de Fora e Região (Apijur) promove a Campanha de Mel para incentivar o consumo do produto, ressaltando as qualidades do mel como um alimento energético para a dieta alimentar das pessoas e não como um remédio. Atualmente, o mercado de apicultura está em crescimento e o objetivo da Apijur é montar uma central de negócios regional para estimular o comércio e gerar renda e emprego para os apicultores.
A campanha teve início em agosto de 2010 e sua principal proposta é aumentar o consumo de mel em Juiz de Fora e região e, como consequência, elevar a renda dos apicultores associados. "A média de consumo do produto no Brasil é de 60 gramas por pessoa por ano. O ideal é que as pessoas consumam uma ou duas colheres de mel todo dia", afirma o vice-presidente da Apijur, Antônio Neves de Campos.
Outro objetivo da campanha, segundo Neves, é a criação de uma central de negócios para a apicultura regional com sede própria para abrigar setores de administração, venda de produtos e de insumos para a apicultura. "Com a central, teremos mais oportunidades para fortalecer o nosso trabalho no mercado." A associação mantém um ponto de vendas, Tenda de Minas, no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas e a intenção é abrir uma loja no mesmo local para ampliar a oferta dos produtos.
A Associação e o mercado
"O mercado atual possui possibilidades de crescimento e as pessoas devem acreditar nele", afirma o vice-presidente da associação. Um exemplo disso é o pedido de exportação internacional recebido pela Apijur. "A China pediu uma carga de 120 mil quilos de mel e os Estados Unidos, 180 mil." Neves explica ainda que os pedidos não possuem data prevista de entrega, uma vez que a própria associação não possui produção suficiente para a demanda. "Depois que nos fortalecermos como associação e futuramente como cooperativa, teremos condições de arcar com pedidos desse porte."
A Associação dos Apicultores de Juiz de Fora e Região possui 45 associados. Destes, apenas quatro apicultores vivem exclusivamente da apicultura, os outros usam o trabalho com as abelhas como renda complementar. "A partir do momento que firmarmos contratos com nossos parceiros, poderemos pensar em voos mais altos como a criação de uma cooperativa", explica Neves. Segundo ele, o trabalho em uma cooperativa possibilita mais oportunidades para todos, porque todo o processo é feito de forma conjunta por meio de três setores: produção, processamento e comercialização. Já numa associação, as pessoas trabalham por conta própria e apenas se juntam para a troca de conhecimentos sobre a área.
PJF é consumidora de mel
A Prefeitura de Juiz de Fora é uma das parceiras da campanha. "A Prefeitura adquire o mel produzido pelos associados e o coloca em sachês para a merenda escolar", afirma Neves. São comprados 4.500 quilos de mel de associações de agricultura familiar, por semestre. "Nossa intenção é estimular o crescimento do comércio local e ajudar na geração de possíveis novos empregos", afirma o secretário de agropecuária, Airdem Gonçalves de Assis. Cada quilo de mel varia de R$ 15 a R$ 40*.
O secretário explica ainda que uma lei municipal, aprovada em 26 de junho de 2010, inclui o mel à merenda escolar. "Dessa forma, cerca de 50 mil alunos, de 6 a 11 anos, de 102 escolas municipais da cidade recebem o mel na merenda." O projeto não pode ser incluído nas creches porque as crianças de até 2 anos não podem consumir mel.
Propriedades do mel
A campanha promove o consumo do mel como um alimento energético de grande valor para a dieta alimentar diária de todas as pessoas. "As pessoas costumam pensar que o mel é um remédio, mas não é. Ele é um alimento que possui nutrientes que fornecem energia para o organismo", explica o vice-presidente da associação. Além de dar energia, o mel pode ser usado na prevenção e combate de gripes, como hidratante para a pele e ainda possui efeito digestivo sendo usado no tratamento de gastrites.
*Eliza Granadeiro é estudante do 6° período de Comunicação Social da UFJF
Os textos são revisados pro Thaísa Hoskem
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