Agropecuária perde 34 postos de trabalho em janeiro e gera preocupação
Repórter
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A empregabilidade no setor da agropecuária em Juiz de Fora causa grande preocupação. Segundo dados do Estudo de Evolução do Emprego, realizado pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE), divulgados nesta quinta-feira, 18 de fevereiro, a agropecuária perdeu 34 postos de trabalho só no mês de janeiro de 2010. No segundo semestre de 2009, o setor perdeu 32 postos.
Os números são motivo de apreensão para o chefe do setor de relações do trabalho da Gerência Regional do Trabalho e Emprego, José Tadeu de Medeiros Lima. Segundo Lima, a gerência pretende unir forças com a Secretaria de Agropecuária e Abastecimento (SAA), o Sebrae, a Empresa Brasileira de Pecuária e Abastecimento (Embrapa) e o Sindicato Rural de Juiz de Fora a fim de incentivar o desenvolvimento do ramo.
"A empregabilidade na agropecuária em Juiz de Fora é historicamente negativa e o desemprego neste setor é muito preocupante. Normalmente, o cidadão rural tem baixo nível de escolaridade e por isso mais dificuldade em ser admitido em outras atividades. É necessário que o trabalhador rural adquira qualificação profissional e retorne à escolarização formal, para tornar-se mais competitivo." Para ele, é necessária também a busca de novas atividades agropecuárias, que ampliem a vocação do município."
Saldo é positivo em Juiz de Fora
O saldo entre admissões e demissões ocorridas em janeiro é positivo em Juiz de Fora. No total, 123 novos empregos foram gerados no primeiro mês de 2010. A construção civil foi uma das responsáveis pelo bom número. O ramo contratou 755 funcionários e demitiu 491, ficando com saldo de 264. "A diferença é justificada pelo aquecimento do setor como um todo e é reflexo dos incentivos do governo federal à construção, provenientes de recursos do programa Minha Casa, Minha Vida, que começa a estruturar empreendimentos na cidade."
Já o ramo de serviços teve saldo positivo de 204 empregos. "Serviço e comércio são os carros-chefes da empregabilidade em Juiz de Fora. Por se tratar de um setor que não sofre baixas sazonais, já que não está ligado a uma época do ano, é comum que a diferença entre admitidos e desligados seja positiva."
Como já era previsto, o comércio foi o setor com o pior saldo entre admissões e demissões: -350. Segundo Lima, os desligamentos são comuns no início do ano, já que o ramo encerra bom número de contratos temporários. "Para fevereiro, é esperado que o saldo siga negativo ou estável", acredita.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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