Desenvolvimento de Conhecimentos, Habilidades e Atitudes
Consideramos relevante o assunto Desenvolvimento de Competências devido à sua importância no desenvolvimento de talentos, bem como no desenvolvimento organizacional, haja vista, este não ocorrer em detrimento do indivíduo. Nossos pressupostos psicológicos não permite que tratemos o ambiente organizacional sem observar o contexto total deste ambiente e principalmente a figura complexa do indivíduo e suas percepções adquiridas ao longo da vida.
A aprendizagem se constitui, hoje, em uma das ferramentas para o desenvolvimento de competências. Exemplificamos afirmando a soberania da fenomenologia, não para sua exclusividade; porém, para sua maneira de clarear o fenômeno de forma a compreendermos sua amplitude. Então, segundo Pozo, a aprendizagem pode ser implícita ou explícita. Esta classificação, ao meu entendimento, é uma classificação apenas didática, pois não há como separar aquilo que ele chama de 'aprendizagem implícita' daquilo que ele chama de 'aprendizagem explícita'. Pois, em toda 'atividade explícita' que tenha resultado uma atividade deliberada e conscientemente realizada, não há como ignorar a presença do indivíduo que deliberou ou conscientemente realizou "a partir das suas percepções interiores gravadas na memória".
Assim sendo, de igual forma, a aprendizagem não pode ser formal e informal; toda aprendizagem, dentro do contexto organizacional, é um contínuo - uma continuação - da aprendizagem que sempre perpassa o interior do indivíduo, ou seja, sua relação com o mundo desde a sua infância. Portanto, a velha proposição de que a organização funciona como uma engrenagem do relógio não deveria nunca excluir o indivíduo e, o desenvolvimento de competências não ocorre sem este.
Somos, sempre, a favor de não classificar; antes, descrever a forma de aprendizagem em um dado momento, em um dado local. Desta maneira podemos descobrir uma variedade enorme de formas de aprendizagem que nos aproximaria da proposição de que "a forma de aprendizagem se quantifica na mesma proporção da quantidade de indivíduos". Assim, para que possamos empreender o desenvolvimento das competências nas organizações, além dos constructos teóricos é preciso obter um olhar, ou uma observação, dos fatos e dos indivíduos no momento em que se relacionam com estes fatos.
Contudo, não quero dizer que não existam padrões de comportamentos (teóricos) os quais possamos balizar nossas aplicações nas organizações. Eles são importantes, pois materializam, inicialmente, aquilo que vai proporcionar a abertura para a observação do fenômeno. O que proponho é apenas uma inversão "teoria x observação dos fatos organizacionais" para uma possível e mais rica intervenção em um dado momento, haja vista, as competências ocorreram em estado de constante mudança.
Desenvolver competências exige uma atenção para com "a relação do indivíduo com o seu meio-ambiente", mas uma atenção sem pré-conceitos. Não para excluir estes, mas para ampliar a consciência para obter ao máximo uma descrição da competência o mais clara e concisa, com vistas ao desenvolvimento da organização em suas competências individuais e organizacionais.
André Salles é Bacharel em Psicologia pelo CES/PUC-MINAS, Pós-Graduado Latu-Sensu em Psicologia Fenomenológico-Existencial pela PUC-MINAS, Mestrado em área de Concentração Filosófica pela UFJF, Formação em Docência pelo DETRAN-MG, Educador em disciplinas de Psicologia e Filosofia na Faculdade Sudeste de Minas – FACSUM - 2004/2008, Assessor em Psicologia e Gestão de Pessoas junto ao Instituto Joaquim Soares de Oliveira (Santos Dumont-MG), Cargo Público do Governo Federal, onde atua em serviços na área Operacional de Gestão de Pessoas, Filiado à Associação Brasileira de Psicólogos Antroposóficos, Em Formação Antroposófica e Educação Waldorf – Foundation Courses and Waldorf Certificate Program - Sophia Institute – US.
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