Grupo afro-brasileiro re?ne canto, dan?a e interpreta??o em prol da consci?ncia negra
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*Colabora??o:
Renata Silva
16/08/04
Toda a vibra??o do Ax? teve origem a partir de um problema social: "as meninas negras do bairro Ipiranga, que sofriam com a repet?ncia escolar", conta a presidente do grupo, Helena de Oliveira. No ano de 1997, membros da comunidade resolveram criar a Organiza??o N?o-Governamental, com o apoio do padre Guanair, vice-presidente da ONG.
Helena explica que o objetivo inicial do grupo ? conscientizar essas crian?as do valor da cultura negra, atrav?s de oficinas de artesanato e artes, al?m de reuni?es e debates. O projeto foi se estruturando e al?ou v?os mais altos e, hoje, conta com uma gama de volunt?rios que disponibilizam aos participantes aulas de teatro, dan?a, canto, m?sica, al?m de refor?o escolar, orienta??o psicol?gica e pedag?gica.
Segundo a psic?loga, Eneida Lopes, atuante no grupo, toda essa assist?ncia permite romper as dificuldades dessas crian?as e construir uma identidade positiva nelas. Ela acredita ainda na forma??o de cidad?os conscientes.
Por dentro do Ax?
O som do grupo ? baseado em batuques, atabaques e percuss?o, t?picos da
m?sica afro. As can?es de Daniela Mercury s?o as preferidas das meninas,
que ensaiam coreografias cada vez mais elaboradas. "Cren?a e f?", "Canto da
Cidade", "Elegib?", "Madagascar Olodum" e "Eu Sou Neg?o" s?o algumas das
can?es interpretadas pelo grupo. H? espa?o ainda, para um figurino exclusivo baseado em temas afro.
O Ax? j? se apresentou em eventos de representatividade social, como o Forum Social Regional e o Forum Municipal. J? esteve na Assembl?ia Legislativa de Minas Gerais e tamb?m em Bras?lia. Uma grande emo??o da banda, foi se apresentar no Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora. "O teatro ? bel?ssimo e sempre sonhamos em fazer um show l?. Chorei do in?cio ao fim", conta Helena, com l?grimas nos olhos.
Nem s? de m?sica vive o homem
Desde o in?cio, a presidente da ONG garante que o projeto mexeu com toda a
comunidade.
Entre as conquistas mais marcantes, ela destaca a retirada de algumas meninas de escolas especiais, para escolas normais. "Na verdade, elas tinham a auto-estima baixa. A partir do momento que colocamos na cabe?a delas que eram pessoas iguais as outras, isso mudou", ressalta. Hoje, elas convivem normalmente com outras crian?as e participam das apresenta?es do grupo.
Outro fato marcante, foi a mudan?a de conduta de alguns meninos, que segundo ela, eram "trombadinhas". "Eles iam ? feira roubar. Por?m vimos neles um ser humano e hoje, n?o praticam mais esses atos".
O Ax? Cran?a participa ainda de eventos que envolvem a conscientiza??o da cultura negra, como palestras, semin?rios e passeatas. Atualmente, as crian?as est?o se preparando para a Semana da Consci?ncia Negra, que ser? comemorada em novembro.
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*Renata Silva ? estudante do 7? per?odo
da Faculdade de Comunica??o da
UFJF
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