Número de casos de dengue pode chegar a 500 mil no Estado de Minas Gerais
Repórter
Em 2011, o número de casos de dengue pode chegar a 500 mil em todo o Estado, caso a população não atue no combate. O número representa o dobro do que foi registrado ao longo de 2010. A previsão é da Gerência Regional de Saúde (GRS), que anunciou, nesta sexta-feira, 26 de novembro, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (SS), uma série inédita de ações de combate ao mosquito transmissor da doença.
O conjunto de ações, denominado Programa Estadual de Controle Permanente da Dengue, está sendo desenvolvido pelo governo do Estado e a expectativa é de que os investimentos sejam de R$ 60 milhões. O programa vai contar com a atuação de 432 profissionais, além de voluntários. A Força Tarefa vai atuar nos 20 municípios que apresentaram maior incidência da doença. Juiz de Fora aparece na terceira posição, com um total de 9.497, sendo 17 mortes.
As ações foram iniciadas na última segunda-feira, 22 de novembro, com a atuação dos agentes de combate a endemias, que visitam locais estratégicos, como borracharias, cemitérios, rodoviária, entre outros. Na mesma data, o efetivo ganhou reforço com a atuação de vinte homens do Exército. Segundo dados da SS, o mutirão de limpeza realizado nos bairros resultou, na primeira semana de trabalho, no recolhimento de aproximadamente 11 toneladas de lixo.
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"O trabalho foi iniciado pelos bairros Borboleta e Linhares (ver mapas), que são os que apresentam maior índice, segundo o LIRAa [Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti]", explica o secretário de Saúde, Cláudio Reiff. O trabalho inclui o tratamento focal em possíveis criadouros do mosquito.
Na última terça-feira, dia 23 de novembro, 22 servidores da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) passaram a reforçar a Força Tarefa. Os profissionais devem atuar em Juiz de Fora até 3 de dezembro. Além disso, as Unidades de Atenção Primária à Saúde (Uaps) estão desenvolvendo trabalho de conscientização junto à comunidade.
Dia D
Nos dias 28 e 29 de novembro, serão realizados, no Parque Halfeld, os dias D de combate à dengue. "É de extrema importância que todos participem desta guerra. A dengue é uma doença grave, que mata. Por isso, é fundamental que cada um faça sua parte para a redução em 60% do número de casos da doença. As pessoas sabem o que fazer, basta colocar isso em prática", destaca o gerente de saúde, Cláudio Reis. A estimativa aponta que 80% dos focos de dengue estão concentrados em residências.
No Parque Halfeld, durante a ação, será instalado o dengômetro, local onde serão exibidos vídeos, apresentações escolares, além do mapa da dengue em Minas Gerais. Do próximo domingo, dia 28, até terça, dia 30, o caminhão Dengue Móvel vai circular por vários bairros da cidade, a fim de mobilizar a população, além de realizar a troca de pneus, latas de alumínio e garrafas pet por cadernos, lápis e borrachas. No dia 30, as trocas poderão ser feitas entre 9h e 12h no Parque Halfeld. Na mesma data, às 15h, será realizada uma passeata contra a dengue no Calçadão da Halfeld.
Custos da epidemia
Reis destaca os altos custos provenientes da epidemia. "Uma pessoa que apresenta o quadro de dengue tipo 1 representa custo de R$ 438 para o Estado, em função do afastamento do trabalho pelo período de 10 a 15 dias." Com relação à assistência médica, os gastos podem chegar a R$ 2 mil por pessoa, dependendo da gravidade da doença.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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