Número de casos confirmados de dengue em 2011 já é quatro vezes maior que no início do ano passado
Repórter
O número de casos confirmados de dengue em 2011, em Juiz de Fora, já é quatro vezes maior que o registrado no mesmo período de 2010. Até a tarde desta segunda-feira, 24 de janeiro, a Secretaria de Saúde registrou 13 casos confirmados da doença, enquanto até 24 de janeiro de 2010, o número não passava de três. Segundo levantamento divulgado pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA), até a terceira semana deste ano, foram feitas 33 notificações, sendo 13 casos autóctones (contraídos na cidade) confirmados; três importados, dois descartados e 15 aguardando confirmação. Em 2010, no mesmo período, foram notificados dez casos, com três confirmações autóctones, dois importados e cinco descartados.
De acordo com a chefe do DVEA, Alessandra Mendonça, os números mostram que a chance de Juiz de Fora ter uma epidemia de dengue pior que a vivida em 2010 é grande. "A Secretaria de Estado de Saúde prevê o dobro do número de casos de dengue em Minas Gerais. Acreditamos que esse comportamento deve ser o mesmo visto em Juiz de Fora. Estamos trabalhando para que a epidemia não seja dessa amplitude, mas os números revelam que a situação é preocupante."
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A fim de se preparar para atender a população, a SS inicia treinamento de capacitação de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem para enfrentamento à dengue. Os profissionais receberão aulas nos dias 25 e 26 de janeiro, além de material de acompanhamento. Segundo Alessandra, o treinamento é parte da educação continuada dos profissionais e vai melhorar a capacidade de diagnóstico, conduta e fluxo de atendimento aos pacientes. "A capacitação vai dar aperfeiçoamento, agilizando o atendimento e dando a direção certa para os casos."
Os participantes receberão apostila, fichas de notificação e investigação, resumo das recomendações clínicas e cartões de bolso para classificação de risco da dengue. Além disso, vão receber um cartão para ser entregue ao usuário, com data do início dos sintomas e informações complementares. Este último cartão irá nortear todo o acompanhamento ao paciente, evitando, assim, que haja dúvidas quanto ao tratamento.
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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