Médicos da AMAC começam a migrar para a Secretaria de Saúde
Repórter
Os médicos da Estratégia de Saúde da Família (ESF), antigo Programa de Saúde da Família (PSF), vinculados à Associação Municipal de Apoio Comunitário (AMAC) começaram a ser migrados para o quadro de servidores da Secretaria de Saúde (SS), nesta quinta-feira, 23 de setembro. O contrato de trabalho dos profissionais vence na próxima quinta-feira, 30. Setenta dos 90 médicos serão migrados da associação para a pasta da administração direta, em caráter temporário. Outros 24 serão admitidos em caráter de urgência e também com contratos de trabalho temporários, para atender a demanda da cidade por equipes da ESF.
De acordo com a assessoria de comunicação da SS, a partir desta sexta-feira, 24, os profissionais começam a ser convocados para a realização dos procedimentos legais de admissão. Tanto os médicos vindos da AMAC quanto os demais serão admitidos em regime celetista — seguindo preceitos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). A remuneração (salário e gratificações) é de R$ 6.500, para 40 horas semanais de trabalho. O contrato temporário vai durar até a realização de concurso público e posterior admissão dos médicos que farão parte do quadro efetivo de servidores municipais. Segundo a assessoria, há 30 dias, a Prefeitura solicitou ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) a autorização para realizar o certame.
O Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora não está muito confiante nas contratações. De acordo com o vice-presidente da entidade, Geraldo Sette, há desinteresse da classe médica que atua no PSF em permanecer vinculado à Prefeitura. "A principal razão é o salário pouco atrativo. A questão de ser um contrato temporário também pesa." Sette afirma desconhecer a nova remuneração de R$ 6.500, oferecida pela administração municipal, mas acredita que nem o aumento — atualmente um médico da ESF recebe R$ 5.720, para 40 horas semanais — pode ser capaz de atrair profissionais. "A elevação pode ter algum efeito benéfico, mas Juiz de Fora ainda fica a desejar no que se refere à remuneração de médicos de família."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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