Entidade privada vai receber R$ 600 mil para atender parte da demanda do setor de ortopedia do SUS
Repórter
O prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos, anunciou nesta quinta-feira, 12 de maio que o Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus (HMTJ) também vai atender às demandas do setor de ortopedia do Sistema Único de Saúde (SUS) de Juiz de Fora, a partir da próxima segunda-feira, 16 de maio.
Com essa nova medida, a maternidade vai realizar 110 cirurgias por mês. A parceria, que vai custar R$ 600 mil, mensalmente aos cofres públicos, também vai possibilitar o aumento de vagas de internação, criando 14 leitos comuns e dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Essa decisão faz parte do projeto 100% SUS, em que a Prefeitura de Juiz de Fora firmou um contrato de um ano com a maternidade.
De acordo com o prefeito, um dos principais objetivos da iniciativa é ampliar a prestação de serviços em ortopedia/traumatologia e reduzir as filas de espera para a realização de cirurgias ortopédicas. Segundo o governante, a média diária é de 45 pacientes que esperam por cirurgias do tipo. "Os pacientes ficam esperando vaga no Hospital de Pronto Socorro (HPS)."
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Repercussão
Segundo o prefeito o projeto foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde por unanimidade. Mas, de acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpu), Cosme Nogueira, a medida não é aplaudida pela classe. "Nós gostaríamos que esse serviço fosse feito pela Prefeitura." O sindicalista reconhece a deficiência no SUS, mas os servidores municipais sentem-se prejudicados com a execução do serviço pela rede privada.
Opinião também dividida com o secretário-geral do Sindicato dos Médicos, Geraldo Sette. "A Prefeitura está comprando um serviço, enquanto poderia ampliar a rede de profissionais. A rede pública deveria ser melhor utilizada pela Prefeitura, até mesmo para reduzir os gastos nas despesas."
Os textos são revisados por Thaísa Hosken
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