Quarta-feira, 16 de maio de 2012, atualizada às 18h41

Após nova rodada de negociação, médicos municipais ameaçam fazer greve

Thiago Stephan
Repórter
Manifestação Sindicato dos Médicos

Os médicos da rede municipal de Juiz de Fora tiveram, na manhã desta quarta-feira, 16 de maio, nova rodada de negociação com representantes da Secretaria de Administração e Recursos Humanos (SARH) para discutir a pauta de reivindicações da categoria, que se fundamenta sobre três pilares: reestruturação da carreira; elevação do vencimento básico, que hoje é R$ 1.471; e melhoria nas condições de atendimento ao público e fim da precarização dos serviços de saúde por meio de abertura de concursos públicos.

Para o secretário geral do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora e Zona da Mata, Geraldo Sette, a Prefeitura não acenou com nenhuma proposta, fato que deixa a situação "insustentável". "A Prefeitura não apresentou proposta alguma coerente em relação à nossa pauta, que foi apresentada no final de março. Vamos iniciar a mobilização para construirmos uma greve de advertência com objetivo de alertar contra o descaso em relação às nossas reivindicações", destaca o secretário-geral.

Nova assembleia está marcada para o próximo dia 29, às 19h30, na Sociedade de Medicina, quando, segundo Sette, será iniciada a mobilização em favor da paralisação. "Ainda não há prazo para início da greve, já que isso deverá ser discutido na próxima assembleia. A gente espera que até lá as negociações avancem e a Prefeitura apresente uma proposta decente", expõe Sette, garantindo que o acordo estabelecido entre o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juiz de Fora (Sinserpu) e a Prefeitura não conta com a aprovação do Sindicato dos Médicos.

O Portal ACESSA.com entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Administração e Recursos Humanos para saber do órgão avaliação sobre o andamento das negociações com os médicos, mas até a publicação desta nota não obteve retorno.

Sinserpu aceita proposta da Prefeitura

O Sinserpu aprovou, em assembleia na noite de terça-feira, 16, a proposta de reajuste salarial para a categoria apresentada pela Prefeitura, que prevê reajuste linear de 5,94%, além de reenquadramento de algumas classes, caso de auxiliar de serviços gerais, auxiliar operacional, oficial de obra I e II, encarregado I, auxiliar de biblioteca e auxiliar de administração I, II e III, que receberão aumentos diferenciados. "A assembleia deliberou por aceitar a proposta da Prefeitura, que contempla apenas 20% da categoria. O restante ficou apenas com o reajuste de 5,94%", relata o presidente do Sinserpu, Amarildo Romanazzi.

Ainda de acordo com Romanazzi, agora os esforços do Sinserpu voltam-se para os trabalhadores da Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac). "A Amac argumenta que depende da Prefeitura para poder conversar com o sindicato. Queremos recuperar salários que estão defasados, como de auxiliar de serviços gerais, ajudante operacional, cozinheiro, vigia, motorista... E que o reajuste incida sobre o salário, e não como gratificação", destaca Romanazzi.

De acordo com a assessoria de comunicação da Amac, os funcionários da associação não são servidores públicos, apenas prestam serviço para a Prefeitura. A assessoria relata também que a entidade recebeu a pauta apresentada pelo Sinserpu, que está sendo analisada, e que, no ano passado, os trabalhadores da Amac receberam o mesmo reajuste dos servidores públicos municipais.

Os textos são revisados por Mariana Benicá

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