Plano de saúde com dois mil contratos tem carteira de cliente alienada em Juiz de Fora
Repórter
Um plano de saúde com atuação em Juiz de Fora e região teve sua carteira de clientes alienada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Com isso, a operadora tem até o dia 11 de julho para conseguir alguma empresa interessada em adquirir os seus contratos. Segundo a assessoria de comunicação da ANS, o plano de saúde conta com cerca de 2 mil clientes.
Ainda segundo a assessoria, a decisão foi tomada devido a problemas financeiros enfrentados pela empresa, o que é questionado pela instituição, que argumenta que a situação financeira mudou após a coleta dos dados pela ANS. Foram dois regimes de direção fiscal, um em julho de 2009 e outro em agosto de 2010. Nas duas oportunidades, técnicos da ANS avaliaram as contas. Caso não consiga efetuar a venda, a operadora terá sua carteira de clientes leiloada.
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O superintendente da Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF), Carlos Alberto Gasparete, mostra preocupação com os consumidores que têm contrato com a empresa. "Neste momento, quem fica fragilizado é o consumidor, já que os médicos, as clínicas e os hospitais podem começar a olhar com desconfiança para este plano de saúde e passar a não atendê-lo. Caberia à ANS garantir esse atendimento. A agência determinou apenas a suspensão da comercialização de novos planos", explica Gasparete. Se essa situação se concretizar, o superintendente do Procon/JF teme que um grande número de reclamações chegue ao órgão e à Promotoria de Saúde. Entretanto, até o final da tarde desta terça-feira, 19 de junho, a agência não havia registrado nenhuma reclamação contra a operadora de plano de saúde.
Gasparete explica, ainda, que em caso de encerramento das atividades da empresa, os consumidores terão a opção de migrar para planos equivalentes de outras operadoras. Até a decisão final da ANS, a dica é para os consumidores envolvidos ficarem atentos. "Eles devem procurar o plano para se informar sobre a situação concreta. Caso essas informações não sejam prestadas, devem dirigir-se ao Procon, que vai notificar a empresa", orienta. Gasparete destaca também que não resta outra alternativa neste momento a não ser esperar a posição da ANS.
Em seu site, a empresa informa que continua trabalhando para a prestação de serviços de qualidade e que os atendimentos continuam sendo realizados normalmente, com garantia de assistência aos beneficiários.
Os textos são revisados por Mariana Benicá
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