Recompensa
Nosso sistema de recompensa busca o prazer em cada segundo de nossas vidas.
Isso é normal e é o que nos estimula a viver cada dia.
Por isto também dizemos um dia de cada vez.
Mas quando buscamos o prazer desenfreado e passamos a querer buscá-lo a todo preço é que adoecemos.
Mas é uma questão de escolha, por exemplo, no luto, nosso sistema de recompensa fica zerado e, para recuperar, cada um busca sua forma de recompensa para continuar sobrevivendo.
Uns trabalham mais, outros viajam mais, podendo viajar também através da música, de livros, filmes e até aqueles que se afundam no luto das lembranças como recompensa mórbida.
Já no uso das drogas, a ativação normal do cérebro para o prazer vai muito além, por isto o sistema de recompensa volta a buscar e buscar este imenso prazer momentâneo.
Nestes casos, os prazeres normais do cérebro não satisfazem mais.
Para os que se drogam, os prazeres da vida cotidiana são enfadonhos, seu sistema de recompensa tornou-se bastante exigente.
A rotina e a tranquilidade do dia a dia não satisfazem, seu cérebro já registrou prazeres maiores, mais adrenalina...
Como ajudar estas pessoas a voltarem a ter o sistema de recompensa saudável?
Se é doença ou não é uma questão de escolha e ninguém pode fazer este processo se reverter sem o "querer" do outro.
Por isto, cada vez mais, familiares buscam grupos de apoio para aprenderem a lidar com a reversão de valores do sistema de recompensa do usuário.
Vigiar, controlar, chantagear só estimula o inconsciente.
Mas, para ajudá-lo a perceber isto, é vital nosso fortalecimento pessoal, apoio mútuo para orientação e aprendizado. O amor-exigente tem ajudado bastante os familiares e outros.
Afinal, não estamos lidando com o consciente do outro, mas sim com o seu inconsciente já acostumado a um sistema de recompensa cada vez mais exigente!
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Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar.
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