Empatia
Empatia é a capacidade que possuímos de entender a emoção dos outros. É a compaixão pela dor psicológica do outro, é o saber ouvir sem julgar, é ter paciência mesmo cansados, é o estar perto muitas vezes em silêncio, mas é necessário sempre que seja de coração para coração.
A habilidade de lidar com a dor alheia é a arte de sair do egocentrismo de um mundo solitário e entrar num mundo solidário, onde se exerce a generosidade e a tolerância.
Muitas vezes a decepção em um processo de empatia não compreendida está relacionada ao nosso grau de ilusão que ultrapassou os limites.
Outro fator que bloqueia a empatia são os vícios que levam a pessoa a se fixar apenas no objeto de desejo, impedindo-a dessa forma de abrir-se para o outro.
Outro fator é a "invisibilidade pública", estudo feito pelo psicólogo Fernando Braga da USP. Em que percebe-se o outro de acordo com o status social de trabalho. De como o cérebro processa a admiração e a empatia. O varredor de rua não receberá a mesma empatia que o músico.
Numa sociedade em que os jovens fixam-se em suas máquinas computadorizadas e mal cumprimentam as pessoas, mal se socializam, o que dirá, então, esperar empatia da parte deles?
Quando se diz que as palavras passam mas que o exemplo arrasta, vemos aí a única saída para os cuidadores, ou seja, ser o exemplo contrário.
Qual o propósito da dor no processo da empatia?
Nos afastamos de tudo o que incomoda, o que dói física e emocionalmente.
Mas o que seria de nós sem o alerta da dor?
Não saberíamos piscar para expulsar o cisco do olho, nem saberíamos a melhor posição para respirar, e muito menos saberíamos a dor da perda, enfim, a dor é o alerta natural.
A empatia simplesmente não existiria se já não houvéssemos passado pela mesma dor ou dor parecida.
Vamos aproveitar este início de ano para avaliar nosso grau de empatia com os outros, principalmente nossos próximos mais próximos e, no final das contas, nós mesmos!
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Ana Stuart
é psicóloga e terapeuta familiar.
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