Armando Falconi Armando Falconi 2/5/2011

Pimenta em saúde

Foto de Armando FalconiApresentamos hoje, uma planta que é usada desde a antiguidade, seus efeitos benéficos atuam positivamente na saúde humana; estamos falando da pimenta.

Dois grupos distintos existem, uns que amam e não ficam sem ela — e eu estou entre estes — e outro que odeia, dizem até que nem suportam o cheiro.

Mas coisa é certa: quando consumida, a pimenta exerce diversos efeitos salutares no organismo e oferece muitos nutrientes.

Para quem ler este artigo, e desejar começar a usar, informamos que a tolerância à pimenta é desenvolvida aos poucos, é um verdadeiro aprendizado, enriquecedor para o paladar e para a qualidade de sua saúde.

As pimentas sempre foram conhecidas pelo gosto forte característico e são indispensáveis no tempero de alguns pratos típicos da culinária brasileira. Sua presença é marcante em peixadas, carnes, saladas e molhos em geral.

Mas poucas pessoas possuem informações sobre as propriedades positivas das pimentas, que liberam endorfinas, substâncias fabricadas pelo cérebro humano que funcionam como "analgésicos" naturais no organismo.

E se você acha que é pouco tem mais: as substâncias picantes das pimentas melhoram a digestão, estimulam as secreções do estômago e também facilitam a sua circulação, favorecem a cicatrização de feridas (úlceras), desde que usadas com orientação correta, juntamente com outras medidas alimentares e estilos de vidas adequados. Vale lembrar que a pimenta possui ainda propriedades anticancerígenas e é muito rica em vitamina C.

Na maioria das espécies, quase sempre, são vermelhas ou de outras cores fortes e bem vivas. E muito ardidas. Apesar de ser temida por muita gente, a pimenta além de ajudar no combate ao envelhecimento é também um bom afrodisíaco, usada como tal por diversas culturas.

Princípios ativos das pimentas

Foto de Armando FalconiAnalisando as pimentas de maneia mais científica, observamos que elas possuem diversos princípios ativos, e ativam, no processo digestivo, uma série de reações de neurotransmissores do bem.

As pimentas contem vários nutrientes que contribuem de forma benéfica para o nosso organismo.

Destacamos:

Vitaminas A, C e E, elas são ricas nestes nutrientes, que são potentes antioxidantes no combate aos radicais livres e retardam o envelhecimento.

Capsaicina que previne o envelhecimento celular, acelera o metabolismo e é afrodisíaca. A capsaicina é altamente termogênica e, por causa desse efeito, ela ajuda a emagrecer! Os alimentos termogênicos aceleram o metabolismo e colaboram na queima de gorduras. Seus efeitos acontecem porque consegue aumentar a temperatura corporal com eficiência. Essa dissipação de calor ocorre na gordura marrom, um tipo de gordura do nosso corpo que é ricamente vascularizada. Mas lembramos que, se o objetivo é emagrecer, não basta consumir pimenta se as refeições são compostas por alimentos gordurosos ou industrializados, com muito sal ou açúcar. Priorize os alimentos naturais, como verduras, frutas e legumes.

Piperina age como poderoso antioxidante, prevenindo a formação de placas nas artérias, que podem prejudicar o fluxo do sangue.

Endorfina é um neuropepitídeo que ela libera. Liberado, ele dá uma sensação de prazer. Isso explica até porque que a pessoa come pimenta, embora a pimenta seja ardida.

Beta-endorfinas e de seretonina tem a sua produção aumentada pelo cérebro, quando ingerimos pimentas, e agindo como um antidepressivo natural; melhora a função cerebral, estimula a produção de melatonina e de hormônios da suprarrenal, alivia dores e equilibra a produção do ácido clorídrico no estômago.

Propriedades terapêuticas das pimentas

É comprovado pelos profissionais de saúde, que ao contrário do que muitos acreditam, o fruto não causa gastrite, úlcera ou hemorróidas, mas recomendamos o bom senso, pois se a pessoa já tiver estas doenças é bom evitar, principalmente as mais fortes.

De um modo geral, o corpo ganha muitas vantagens com o consumo desse tempero picante.

Vamos juntos conferir quais são os principais poderes da pimenta:

Analgésico: alivia dores. Como o alimento possui ação analgésica, é utilizado há milênios na acupuntura chinesa, como coadjuvante no tratamento de enxaquecas.

Digestiva: melhora o processo digestivo, reduz a formação de gases e melhora a produção de sucos gástricos.

Anticancerígena: rica em vitamina C, beta caroteno e outras substâncias antioxidantes, a pimenta previne tumores, principalmente o câncer de pâncreas e de próstata.

Anticoagulante: a formação excessiva de coágulos no sangue pode causar problemas como o tromboembolismo, quando o coágulo obstrui o vaso sanguíneo. A pimenta tem ação terapêutica comprovada, age quebrando esses coágulos e prevenindo esse tipo de doença.

Tipos e variedades de pimentas

Foto de Armando FalconiEnsinamos em nossos cursos e palestras que as variedades de pimentas mais cultivadas no Brasil são: a "malagueta", "dedo de moça", "cumari" e "de cheiro", entre outras.

De certo tempo para cá, já há alguns anos, vem aumentando e muito o interesse dos apreciadores, para com uma nova variedade que vem ganhando cada vez mais espaço. É a pimenta "biquinho", que é uma pimenta doce e já muito utilizada em nossa culinária regional.

Destacamos para comentários neste artigo, as seguintes variedades de pimentas:

  • Malagueta: uma das mais picantes, originária principalmente da região do Amazonas.
  • Habanero: originária da América Central, mais especificamente do México e do Caribe, é a pimenta mais potente, com maior teor de capsaicina. Atenção e cuidados na dose!
  • Cambuci: é uma espécie muito conhecida como pimenta de cheiro.
  • Jalapeno: é um tipo famoso de pimenta mexicana. É consumida principalmente quando está mais verde. Por possuir boa quantidade de polpa, é bastante utilizada para a produção de molhos muito apreciados.
  • Cumari do Pará: é uma espécie que possui aroma bastante característico, tem o formato arredondado e a coloração amarela quando madura. É consumida principalmente em forma de conserva.
  • Biquinho: é uma variedade de sabor mais suave e dá um gosto especial principalmente a farofa e ao arroz.
  • Dedo-de-moça: esta é uma das variedades mais suaves e pode ser consumida fresca ou na forma de molhos. Esta é a espécie usada para fabricar a pimenta calabresa, desidratada em flocos e com as sementes.

Existem, com certeza, centenas de outras variedades de pimentas. Aqui listamos apenas as mais consumidas no Brasil.

Quantidade afeta qualidade

Foto de Armando FalconiLembramos sempre aos nossos pacientes e aos alunos o princípio da acupuntura chinesa que ensina: "Quantidade afeta qualidade em qualquer coisa na vida".

Assim, usar pimenta e outros temperos é uma habilidade que cada pessoa precisa e deve desenvolver, com base no ensinamento oriental acima.

É para dar um toque especial, mágico aos alimentos, e não para incomodar ou prejudicar a mucosa e outras partes do trato gastrointestinal.

Como afirmei, uso pimentas desde a adolescência, passei a usar mais depois que tomei contato com a cultura chinesa, e recomendo como parte das ferramentas terapêuticas de nossa flora medicinal, mas com cuidados especiais quanto a quantidade ideal para cada pessoa.

Com sinceros votos de bom apetite e muita saúde em sua vida, ficamos à disposição para responder e esclarecer pontos relacionados a este tema.

Entre em contato conosco, pois as informações são muitas, mas o espaço do artigo é limitado.

Aguardamos seu e-mail.

Encerramos com saudações holísticas!


Armando Falconi Filho
é Terapeuta Holístico, Escritor, Consultor, Conferencista
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