Sinpro-JF panfleta na Estácio de Sá depois de mais de 60 demissões de professores
Integrantes do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro/JF) panfletam na tarde desta segunda-feira, 11 de dezembro, cartilhas explicativas sobre as mudanças causadas pela Reforma Trabalhista no Centro Universitário Estácio de Sá de Juiz de Fora, na avenida Rio Branco. A ação pretende mobilizar e conscientizar estudantes sobre a 'demissão em massa' realizada pela empresa nas últimas semanas. Conforme o sindicato, mais de 60 professores das unidades do município foram demitidos, enquanto em todo o país, já foram quase 1.200 trabalhadores.
De acordo com a coordenadora geral do Sinpro-JF, Aparecida de Oliveira Pinto, as demissões estariam acontecendo para que o Centro Universitário pudesse recontratar com base na nova modalidade – de trabalho intermitente (por jornada ou hora de serviço) e a do teletrabalho, chamado home office (trabalho à distância), da Reforma Trabalhista aprovada e que entrou em vigor dia 11 de novembro. “O ato pretende chamar a atenção e denunciar contra as arbitrariedades da Estácio de Sá, provocada pelas demissões. Assim, ela vai utilizar uma nova regra trabalhista, que é de exploração e precarização do trabalho dos docentes”.
A coordenadora geral ressalta ainda que a atitude da Estácio de Sá visa mais lucros, a partir de novas contratações com remunerações inferiores ou por meio de contratos precários. “Muito desrespeitosa a atitude. Sabemos que não há diminuição de alunos e o repasse do reajuste nas mensalidades continuam da mesma forma. O que existe é o desejo de lucrar cada vez mais com a precarização do trabalho. Todo professor possui jornada em sala e outra invisível, com o preparo das aulas”, complementa.
O Sinpro-JF diz que seu corpo jurídico está tomando as medidas cabíveis. “Estamos prestando toda a assistência jurídica aos nossos professores”, conclui Aparecida.
Posicionamento Estácio de Sá
Em nota, o Centro Universitário Estácio Juiz de Fora informa que promoveu, “ao fim do segundo semestre letivo de 2017, uma reorganização em sua base de docentes. O processo envolveu o desligamento de profissionais da área de ensino da instituição e o lançamento de um cadastro reserva de docentes para atender possíveis demandas nos próximos semestres, de acordo com as evoluções curriculares”.
Conforme a Estácio de Sá, a “reorganização tem como objetivo manter a sustentabilidade da instituição e foi realizada dentro dos princípios do órgão regulatório”.
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