Serra da Canastra Aventura, trilhas, subidas intermin?veis e retas a perder
de vista para quem est? de bicicleta

Para quem procura uma grande aventura de bicicleta, a Serra da Canastra tem tudo o que ? necess?rio: estradas de terra, trilhas, descidas alucinantes, subidas intermin?veis e retas a perder de vista. Este cen?rio ? aliado a pouca estrutura, belas paisagens, celular sem sinal e uma rica cultura local.

Vales imensos separam serras com cachoeiras, chapadas, tudo preservado dentro do parque nacional onde nasce um dos mais importantes rios do Brasil, o S?o Francisco. Este roteiro de 250 km ? uma grande pedida para os aventureiros "casca-grossa", amantes dos chamados "programas de ?ndio".

Minha aventura teve in?cio partindo de ?nibus de Juiz de Fora rumo a Belo-Horizonte, onde encontrei meu companheiro de viagem, o atleta de corridas de aventura Vin?cius Haikal.

Em seu carro, seguimos viagem no sentido de Divin?polis at? chegar em Delfin?polis, localizada ?s margens da represa do Peixoto, na entrada da Serra. A paisagem durante o trajeto ? fant?stica, boa parte do percurso corre as margens da represa de Furnas. L?, nos instalamos na confort?vel Pousada da Serra, nosso "estacionamento" durante os tr?s dias de pedaladas.

Pedaladas

Durante o nosso primeiro dia de pedaladas, seguimos no sentido de Sacramento pela estrada principal de terra que margeia a represa do Peixoto, at? o in?cio da subida da serra das Sete Voltas. Devido as fortes chuvas, o percurso estava duro, com muito barro, e ap?s 7 km de "piramba" chegamos ao vilarejo.

L? fizemos nosso reabastecimento de ?gua, e contamos com a solidariedade de uma moradora local, que gentilmente nos preparou um fant?stico miojo. Continuamos pela via principal passando pelo triste reflorestamento da Votorantim, uma reta intermin?vel de eucaliptos.

Seguimos a placa "Fazenda Portal da Canastra". Nessa estradinha, pedalamos mais 20 km at? a portaria 3 do parque. Chegamos na entrada do parque ?s 17h30 e o local fecha ?s 18h e a partir da? n?o ? permitida a entrada. Cruzamos por dentro do parque por mais 35 km at? a portaria 2 por um trecho plano, por?m cheio de barro.

J? de noite chegamos a S?o Jo?o Batista da Serra da Canastra, onde nos hospedamos na pousada do Ricardo, que tamb?m ? ciclista e teve excelentes dicas a nos oferecer. Al?m ? claro, do jantar, um saboroso arroz com feij?o, angu, bife de porco e salada, com direito a arroz doce, para uma merecida noite de sono.

No segundo dia, acordamos ?s 6h30 e tomamos um belo caf? da manh?, voltamos para o parque e seguimos no sentido de S?o Roque de Minas. Logo nas primeiras pedaladas um pneu furado nos for?ou a parar para troca.

Poucos quil?metros a frente a corrente de minha bicicleta arrebentou, provavelmente em virtude do barro. Tivemos novamente que parar para fazer os reparos.

Ap?s 8 km, viramos ? direita para a Garagem de Pedra, um lugar que merece uma parada e caminhada at? a beira da montanha, para curtir o visual. Ao final da tarde, nos hospedamos na fazenda da Vanda, com comida de fog?o a lenha e o melhor doce de leite do mundo.

Ao amanhecer, saindo do s?tio da Vanda, pelo caminho at? a Casa de Ora??o, ponto de refer?ncia para os locais. Seguimos por 5 km. Da? para frente, curtimos a bel?ssima paisagem e logo adiante enfrentamos a temida subida "Caminho do C?u", nome melhor imposs?vel.

Ap?s a escalada, come?a um intermin?vel tobog? pela crista da serra, entre os vales da Bateinha e do Gurita, neste trecho que leva at? o vilarejo de Olhos d'?gua aproveitamos a cordial carona do caminh?o de leite da regi?o, para descansar nossas pernas. O ?ltimo trecho foi de 22 km de estrada de terra at? o ponto de partida, Delfin?polis. Chegando na cidade tivemos a oportunidade de ser escoltados por um bel?ssimo casal de tucanos.

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