Marrocos: terra que encanta pelos mistérios e pela belezaQuem dá as dicas sobre o local é a jornalista Juliana Schincariol, que visitou o Marrocos e a Espanha no mês de janeiro, após quatro meses de planejamento

Aline Furtado
Repórter
30/4/2011
Marrocos

"Nossa intenção era fazer uma viagem que saísse do lugar-comum." Foi assim que a jornalista Juliana Schincariol, juntamente com o namorado, planejou, durante o período de aproximadamente quatro meses, uma viagem ao Marrocos, com passagem pela Espanha, a fim de explorar a riqueza clássica daquele lugar.

Ao todo, foram quatro dias no Marrocos, sendo três em Marrakech e um em Ouarzazate, localidade semelhante ao campo. "É uma visita que vale a pena. Trata-se de uma região montanhosa belíssima, diferente do que vemos nas montanhas de Minas Gerais. Em Ouarzazate, as montanhas são muito íngremes e as estradas em zigue-zague."

Localizada a 200 quilômetros de Marrakech, a cidade de Ouarzazate é conhecida como a capital marroquina do cinema, já que conta com dois grandes estúdios, onde já foi rodado, por exemplo, o filme Gladiador. "É lá que encontramos os conhecidos homens do campo, que foram abordados pelo filme Sob o céu que nos protege", lembra Juliana.

Já Marrakech, conhecida como "Cidade Vermelha", devido ao ocre avermelhado das muralhas que cercam a medina, é considerada um dos principais pontos de visitação no Marrocos. "É um grande centro turístico, com muitas opções de passeios. O interessante é que não apenas turistas frequentam estes pontos. O marroquino acaba se juntando aos visitantes, já que se trata de um povo muito receptivo. Aliás, veem o Brasil com bons olhos." A jornalista lembra que uma opção interessante é fazer as visitas por meio da contratação de serviços de charretes, que passam pelos principais pontos turísticos.

Marrakech abriga o maior suq ou souk, ou seja, mercado tradicional do país. Um dos pontos é a praça principal, denominada Jemaa el-Fna, local de intenso movimento. Por lá, é possível ver acrobatas, dançarinos, músicos e barracas de comida. Além deste, outro local que deve ser visitado é a medina, a cidade velha construída pelos muçulmanos, durante a Idade Média. "Mais uma opção é visitar o curtume de Marrakech. Nós conseguimos concretizá-la, o que não é possível a todos os visitantes." No local, são tingidos os fios de lã e seda para a confecção dos tapetes.

Uma das mais belas paisagens, de acordo com Juliana, é o Jardim Majorelle. "Trata-se de um local criado por Jacques Majorelle, que passou por um longo período de abandono. Contudo, o estilista francês Yves Saint Laurent fez uma reforma após comprar o espaço. Hoje, está muito bem cuidado, diferentemente de outros pontos turísticos, que acabam pecando pela falta de infraestrutura." No Jardim Majorelle, há inúmeras espécies de plantas, como palmeiras, bambus e cactus.

"Com certeza é uma viagem interessantíssima, já que entramos em contato com uma cultura diferente da ocidental. Eles são muçulmanos, com costumes, arquitetura e cultura completamente diferente do que a gente conhece. Querendo ou não, a Europa sempre foi muito mais próxima de nós, brasileiros, do que o Marrocos." Uma das diferenças é o clima. No inverno, época da viagem de Juliana, durante o dia, a temperatura ficava em torno dos 25º C, já à noite, o frio era intenso. "Afinal, é o clima típico do deserto, com o céu de um azul bastante intenso", recorda a jornalista.

Comida colorida

Segundo Juliana, a comida, no Marrocos, chama atenção pela cor. "É tudo muito colorido. Mas o que temíamos, que eram os condimentos, não representou problema". Entre os pratos mais servidos estão a kafta e o famoso cuscuz marroquino. Uma dica é evitar as comidas comercializadas em praças, expostas em barraca organizadas no meio da rua. "Os visitantes podem imaginar que o preço dos restaurantes é alto, o que não é verdade. Então, vale a pena comer melhor, já que o que é vendido nas praças não tem qualquer garantia quando à higiene."

Negociar é a palavra de ordem

Conhecidos como excelentes negociantes, os muçulmanos evidenciam esta qualidade durante as vendas. "É fundamental negociar antes de comprar qualquer coisa por lá. A dica é não perguntar quanto é, é ir negociando, embora isso seja trabalhoso porque eles são comerciantes natos."

Espanha

Também incluída no roteiro da viagem do casal, a Espanha foi visitada por um período de dez dias, divididos entre Madri e Barcelona. "Fizemos visitas que priorizaram a parte clássica e cultural do país." Com relação a Madri, as dicas são o Palácio Real, a residência oficial do rei da Espanha; o Museu do Prado, considerado o mais importante da Espanha; o Museu rainha Sofia, que conta com coleções de nomes como Pablo Picasso, Salvador Dalí, além de obras de Joan Miró, entre outros.

Já em Barcelona, é possível visitar construções concebidas pelo arquiteto catalão Antoni Gaudi, além do Museu do Barcelona, boa pedida para os amantes de futebol.

Os textos são revisados por Thaísa Hosken


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