Efeitos fisiológicos e psicológicos do som
A interação dos seres humanos, bem como de qualquer outro ser vivo, relacionada ao sistema auditivo é bem interessante, pois ela pode ser compreendida tanto quanto pela beleza da harmonia sonora, quanto pela proteção contra os perigos que a poluição sonora pode causar à saúde auditiva.
Como percebemos o som?
O som é uma forma de energia, que é produzido por uma fonte, como por exemplo um barulho qualquer, uma conversa, uma música. Esta energia chega às nossas orelhas, órgãos capazes de perceber estas diversas sonoridades para que possamos direcionar o local de onde o som está sendo produzido, bem como a intensidade da informação nele contida.Como nosso organismo reage psicologicamente quando o som é percebido?
A percepção do som do ponto de vista psicológico varia de pessoa para pessoa. Ela pode ser facilmente compreendida, se pensarmos, por exemplo, em uma conversa ou um tipo de música, que pode ser agradável para umas pessoas e desagradável para outras. Há quem goste de música popular brasileira, outras preferem outro ritmo musical, por exemplo.
Agora, podemos perceber também o mal que determinados sons podem causar. Os problemas psicológicos vão desde uma irritação nervosa até a possível perda de lucidez, levando a pessoa a cometer atos maléficos, que ela nunca faria se não estivesse afetada pelo som.
Qualquer tipo de som pode causar danos ao organismo?
O problema encontra-se na intensidade (energia) e na frequência associada ao som, podendo causar, além dos problemas físicos associados, como mudança no limiar da audição humana - acontece sempre quando vamos a um show e saímos com as orelhas doendo e escutando pouco - ou uma perda parcial da audição - que pode ser compreendida como um início de surdez , além da surdez propriamente dita, que um é processo irreversível.Existem outras partes do organismo que podem ser afetadas por sons de grande intensidade?
Existem muitas outras partes do organismo que são afetadas, não se esquecendo de que varia de pessoa para outra. As alterações de humor, ansiedade, tonteiras, náuseas, problemas digestivos e circulatórios, insônia, baixa concentração no trabalho são exemplos desses sérios problemas.
O sistema auditivo, acompanhado de atenção à exposição desnecessária a determinados sons de grande intensidade - acima de 65dB - deve ser evitado. Exemplo comum é a intensidade de, aproximadamente, um show musical, que expõe o público à intensidade de 115db, já passando do limiar de insuportabilidade. Segundo normas internacionais, o nível de intensidade sonora que um trabalhador deve ficar exposto durante 8 horas de trabalho é de até 85dB. Para valores igual e maiores que este, seguem as indicações:
Nível de intensidade sonora (dB) | Tempo de exposição (horas) |
85 dB | 8 horas |
90 dB | 4 horas |
95 dB | 2 horas |
100 dB | 1 hora |
105 dB | 30 minutos |
110 dB | 15 minutos |
Para os profissionais que estão no ambiente industrial, aconselharia que utilizassem sistema de proteção auditiva. Para as pessoas que vão com freqüência a shows musicais, por exemplo, recomedaria que ficassem o mais longe possível do paredão acústico.
Colaboração de Denilson Carvalho Resende. Professor da disciplina Fundamentos de acústica e psicoacústica do curso de Fonaoudiologia do CES/JF.
Cal Coimbra
é psicóloga e doutora em Fonoaudiologia
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