Agudos, tango e bate-cabelo marcam os shows do Miss GayGeorgia Brown, Léo Áquilla, Kayka Sabatella, Wandera Jones, Lysa Bombom e Xuxú fizeram a festa no palco do concurso de beleza gay
Repórter
16/11/2009
Os shows do Miss Brasil Gay 2009 trouxeram vozes, risadas, cores, efeitos luminosos, tango e muito bate-cabelo. Responsáveis por grande parte do divertimento da noite que escolheu a transformista mais bela do país, as apresentações levantaram a plateia.
As performances começaram com show de Léo Áquilla, inspirado em espetáculo do Cirque du Soleil. Vestida de bailarina estilizada, com roupa prateada e strass, Léo surgiu de dentro de uma caixa, escoltada por dois dançarinos fantasiados de bobos da corte. A apresentação de balé clássico foi aplaudida pelo público, que assistiu a transformista mostrar talentos de contorcionista para voltar à caixa, ao fim da performance.
A travesti juizforana Xuxú (abaixo, à esquerda) cantou sua Pantera ror de rosa, em versão com músicas das cantoras Beyonce e Lady Gaga. Acompanhada de bailarinos, ela mostrou alguns passos de samba e funk, antes da entrada da personagem de sua canção.
Kayka Sabatella (abaixo, à esquerda) foi a terceira atração do evento e esbanjou carisma e desenvoltura. Ela pisou o palco para apresentar número caricato da cantora Susan Boyle e, após soltar o vozeirão, fez sucessivas trocas de roupa no palco, ao som de música eletrônica e I will survive. O bate-cabelo não podia ficar de fora da apresentação, ovacionada pela plateia, que ficou de pé para cumprimentar a drag queen. O longo período de palmas fez a artista chorar de emoção.
Wandera Jones subiu ao palco para sua primeira apresentação. A transformista apareceu dentro de uma bolha de ar e fez show futurista, embalada por música eletrônica e acompanhada de bailarinos. Wandera deixou o palco para a entrada da rechonchuda Kayka Sabatella, caracterizada com trajes indianos. A drag tirou risadas e gritinhos da plateia com uma sátira à dança do ventre, marcada por mais mudanças de figurino em cena.
Léo Áquila tomou novamente a passarela do desfile com performance marcada por diversas trocas de roupa. Um truque de mágica foi usado para transformar o demônio, que iniciou a longa apresentação, na figura de Léo, vestido de vermelho. A performance enérgica e coreografada durou mais alguns minutos, até nova mudança de traje, desta vez uma produção dourada, com grandes asas. A nova troca de roupa em cena foi necessária para a apresentação de um número de tango, acompanhada de dois bailarinos (abaixo, à esquerda).
Após este momento a música é finalizada, mas não o show. Léo declama uma espécie de poema divertido e diz: "O mundo pode até não ser gay, mas é rosa que eu sei." O vestido prata vira uma produção rosa, que logo é arrancada, para que Léo fique apenas com um maiô e botas, cantando: "Se joga pintosa, põe rosa."
Lysa Bombom (acima, ao centro) fez performance inspirada na famosa personagem do desenho animado Uma cilada para Roger Rabbit, Jessica Rabbit. Ao longo da apresentação, a peruca e a roupa foram trocadas e por cabelos loiros e colã bordado de vermelho. Para finalizar, mais batida de cabelo. Wandera Jones voltou ao palco e fez breve coreografia de ópera monstruosa.
Os shows terminaram com a apresentação da cantora Georgia Brown (acima, à direita), que ocupou a passarela minutos antes da divulgação do resultado final do concurso. Cantando músicas conhecidas de Whitney Houston, Britney Spears, Mariah Carey, Madonna e Kelly Roland, Georgia mostrou porque está no Guinness Book, ao alcançar as notas altas musicais que marcam sua carreira. "Sei, vocês estão loucos para saber quem será a mais bela, mas vamos cantar só mais cinco minutinhos. Para fazer um suspense, gente." Lá foram mais cinco minutinhos de música eletrônica acompanhada da bela voz negra da cantora.
Os textos são revisados por Madalena Fernandes
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