Foi realizada, na manhã desta terça-feira (11) a 11ª edição da Operação Hefesto, com o objetivo de fiscalizar ferros velhos e depósitos de recicláveis nas regiões dos bairros Santa Terezinha, Ladeira e Centro, em Juiz de Fora. Um depósito localizado na Avenida Brasil foi interditado devido à reincidência em não proteger devidamente materiais expostos ao tempo, o que vinha sendo notificado devido ao risco de proliferação do Aedes Aegypit, mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses.
A ação conjunta vistoriou sete estabelecimentos e constatou irregularidades em seis deles. Os Fiscais de Posturas emitiram nove autos de infração por falta de alvará de localização, obstrução de via pública, armazenamento inadequado dos materiais e exercício de atividade não contemplada em alvará. Além disso, sete notificações foram feitas, verificando horário de funcionamento irregular e cobrando adequações no armazenamento de resíduos perigosos "Classe I" e produtos químicos, ajustes no sistema de drenagem do estabelecimento e comprovação de recolhimento adequado dos resíduos oleosos.
A operação cumpre o seu papel preventivo e de monitoramento do comércio de metais na cidade, verificando o cumprimento da lei 14391, publicada em abril de 2022, que rege essa modalidade de comércio, exigindo cadastro e comprovação de origem dos itens em depósito. A norma é um importante dispositivo para frear os crimes de furto e receptação. A partir dela, as empresas estão obrigadas a manter cadastro atualizado dos fornecedores dos itens adquiridos para apresentação aos órgãos fiscalizadores.
Desde 2021, a Operação Hefesto reúne as forças de segurança, num trabalho integrado e articulado, com vista à redução do comércio irregular de produto de furto. Participaram da ação Polícia Militar; Corpo de Bombeiros Militar; Guarda Municipal, da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc); Fiscalização de Posturas, da Secretaria de Desenvolvimento Urbano com Participação Popular (Sedupp) e Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb).
A operação Hefesto busca combater o crime de receptação, caracterizado pela compra de materiais furtados e cuja pena pode variar de três a oito anos de reclusão. Por consequência, a ação leva à inibição da prática de furto de cabos elétricos, tampos metálicos e demais materiais que acabam sendo comercializados em depósitos e ferros velhos. A fácil negociação desses artigos causa prejuízo aos serviços públicos e à população. Além do dano material e dos custos de manutenção, que saem dos cofres públicos, serviços essenciais como abastecimento de água, luz, internet e até a mobilidade urbana são interrompidos, comprometendo a normalidade da vida na cidade.
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